domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Guerra continua II....

OPINIÃO

Ao final deste embate entre o presidente do clube dos 13, CBF, as emissoras de TV e os presidentes dos clubes de futebol, que vença o futebol, o torcedor e o telespectador. Com as recentes acusações ou troca de acusações entre o Presidente do Clube dos 13 Fábio Koff a CBF, Globo e Record, que apareça a verdade. O futebol Brasileiro precisa de uma reformulação total. Os estádios estão em situações precárias, e quem paga este preço é o torcedor que frequenta os estádios. Estádios sujos e sem conforto, gramados que não oferecem condições para os atletas desenvolverem seu melhor futebol, clubes falidos, sálarios atrazados, categorias de base que não desenvolvem, não aprimoram talentos. Esporadicamente aparecem Ganso, Neymar, Lucas, em uma sequência cada vez mas lenta, e quando surgem são tratados como popstar. Isso é necessidade ou carênica de novos atletas que venham suprir a ausência de ídolos que estão se aposentando? Os presidentes dos clubes estão cada vez mas na mídia e se isso está acontecendo alguma coisa de errado tem. Quem deve aparecer sempre é o atleta. É ele que leva o torcedor ao estádio, é ele que trás receita ao clube, isso é um fato e ponto final!


Grampo e ameaças antecederam cisão no Clube dos 13
Participaram desta reportagem:
GRACILIANO ROCHA de Porto Alegre

KEILA JIMENEZ colunista da Folha


MARTÍN FERNANDEZ de São Paulo

Os meses que antecederam o racha no futebol brasileiro foram marcados por reuniões secretas, suspeitas de que havia telefones grampeados, mudanças de cardápio e ameaças veladas.

O diretor-executivo do Clube dos 13, Ataíde Gil Guerreiro, trocou de telefone celular. Estava convencido de que sua linha estava grampeada.

Interlocutores do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disseram à Folha que o cartola usou outro número, que não o habitual, para tratar de certos temas.

Os dois lados se acusam. Andrés e os dirigentes de clubes cariocas, claramente alinhados à Globo, reclamam de favorecimento à Record durante as negociações.

"Tudo o que a gente conversava num dia, no outro o pessoal do São Paulo e da Record sabia", declarou o presidente do Corinthians.

O alvo da reclamação é o vice de comunicação e marketing do São Paulo, Julio Casares, que também é diretor de projetos especiais da Record. Gil Guerreiro é conselheiro do São Paulo.

"De um lado, eu não vendo direitos de transmissão. E, de outro, eu não compro", defendeu-se Casares.

Assuntos que eram resolvidos por telefone passaram a ser tratados apenas em encontros pessoais.

Até os almoços e jantares entre executivos de emissoras e cartolas mudaram seus endereços em São Paulo.
Uma tradicional churrascaria da zona oeste foi abandonada por ser considerada território da Record, assim como restaurantes na região da Avenida Paulista foram deixados de lado por serem mando de campo da Globo.

Dirigentes também relatam terem ouvido ameaças veladas de uso do jornalismo por parte das emissoras.

Em 2001, foi ao ar um "Globo Repórter" com várias denúncias contra Ricardo Teixeira, à época investigado por duas CPIs. Como retaliação, a CBF marcou um jogo contra a Argentina para às 20h, horário que atrapalhou a grade da Globo.

No sábado passado, a Record exibiu reportagem com diversas acusações contra Andrés Sanchez. Houve insinuações de que mais matérias desse tipo seriam realizadas. As emissoras negam ter havido qualquer ameaça.

Nesta semana, em que o Clube dos 13 lançou o edital que norteia a próxima negociação pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o Corinthians pediu desfiliação da entidade.

Os quatro grandes clubes cariocas querem negociar com as TVs separadamente, sem a tutela do C13. Há ainda um grupo de indecisos e outros times que lideram a "resistência", como São Paulo, Atlético-MG e Internacional.

Na segunda-feira, mais clubes vão se posicionar sobre o tema.

"O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, acusa o mandatário da CBF, Ricardo Teixeira, e o chefe da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, de estarem por trás do levante. Segundo Koff, Globo e CBF não querem uma concorrência transparente".

Os acusados afirmaram que vão responder na Justiça às acusações de Koff.

NÚMEROS


O edital publicado na quinta-feira exige o preço mínimo de R$ 500 milhões por ano de contrato. A Globo, por oferecer "maior exposição" tem a vantagem de vencer a concorrência mesmo que faça uma proposta 10% menor.
Assim, o mínimo para as demais emissoras iria a R$ 550 milhões em cada uma das três temporadas a partir de 2012 --o Campeonato Brasileiro de 2011 é da Globo e não sofre qualquer alteração.
De acordo com o atual contrato, a Globo pagou R$ 230 milhões anuais pela transmissão na TV aberta.
O pacote com pay-per-view, TV fechada e internet rende outros R$ 170 milhões.
A intenção do C13 é vender cada modalidade separadamente. Sem contar a TV aberta, a entidade espera arrecadar R$ 800 milhões anuais.
"Quem pensar um pouco vai voltar atrás", declarou ontem o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, um dos líderes da "resistência", ao lado de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.
Pelas contas do C13, o Corinthians (assim como Palmeiras, São Paulo, Flamengo e Vasco) passaria a ganhar R$ 42 milhões pela exibição do Brasileiro na TV aberta.
Até este ano, o ganho foi de R$ 16,8 milhões.
"Os presidentes que saíram precisam explicar aos seus conselheiros e torcedores quanto a mais vão ganhar sozinhos", disse Juvêncio.
Na quinta-feira, Andrés Sanchez ironizou essas ameaças. "Podem ficar tranquilos que eu vou ganhar mais do que R$ 42 milhões", disse o corintiano. Andrés aposta ser possível chegar a R$ 70 milhões.

A ruptura do Clube dos 13 é coisa da CBF e da Globo, diz Koff


O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, declarou para Juca Kfouri, colunista da Folha, que o racha na entidade que comanda foi provocado pelo Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e pelo Marcelo Campos Pinto, principal executivo da Globo Esportes.


Fábio Koff, presidente do clube dos 13

Nesse depoimento, o dirigente falou que não desistirá e até cogitou lançar uma liga dos clubes brasileiros.

"Só me resta lutar até o fim. Se cair, cair de pé. Quem sabe se não lanço agora a Liga?", falou.

OUTRO LADO


Ao tomarem conhecimento do depoimento de Fábio Koff a Juca Kfouri, Ricardo Teixeira e Marcelo Campos Pinto disseram que o fórum mais adequado para responder ou comentar as acusações é a Justiça.

Abraços

Fonte:

www.folha.com













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