quarta-feira, 30 de junho de 2010

A Seleção Espanhola afirma quando está jogando. O futebol é fácl.

Quem vê a seleção espanhola jogar, pensa que o futebol é fácil. Para os atletas da Fúria é muito fácil. Time agrupado, toque de bola, movimentação, ocupação de espaço, valorização da posse de bola, frieza e uma qualidade técnica que impressiona.
Se começar a enumerar tudo o que os atletas da seleção espanhola fazem no transcorrer de noventa minutos, é melhor escrever uma monografia e defender tese. Trabalhei com um técnico chamado Roberval Davino, um dos técnicos mais inteligentes que encontrei no futebol e ele falava: “futebol não é gripe que todo mundo pega”. E o professor Roberval estava com razão. Um time que tem Iniesta, Xavi, David Villa, Xabi Alonso, Busquets, Fábregas, Fernando Torres e a humildade de quem os comanda chamado Vicente Del Bosque, em adotar um esquema tático que vem dando certo há muito tempo implantado pelo Barcelona.
Faço aqui algumas observações importantes que o leitor pode não concordar: 
1) A seleção espanhola joga em espaço reduzido, agrupando seu sistema defensivo ao meio campo, e o meio campo ao ataque quando está com posse de bola, obrigando o adversário a recuar e ficar com sua linha defensiva na entrada da grande área, e com isso tocar a bola, comandar o jogo e dar a partida o ritmo adequado, ou seja, alternando momentos de baixa, media e alta intensidade. Um detalhe me chama atenção: dIficilmente seus atletas erram passes quando estão a atacar e não permitindo ao adversário o tão sonhado contra ataque.
2) Este mesmo espaço reduzido permanece quando estão sem a posse de bola, só que agora é o ataque que se aproxima do meio e o meio da defesa, muitas vezes fazendo uma marcação alta e agressiva para permanecer no comando do jogo. Esse tipo de atitude, marcação alta (é quando determinada equipe marca no campo adversário), para mim é traduzida como a busca incessante pela posse de bola. Mais um detalhe significante, quando utiliza a marcação alta o faz em alta intensidade e nunca no um contra um, sempre dois ou três contra um. Com o objetivo alcançado começa o processo de recuperação de seus atletas, ou seja, toque de bola e trote, até que estejam recuperados para a próxima ação.
3) A equipe do Barcelona joga sempre em triangulações pelas laterais do campo e isso foi transportado para seleção espanhola.
4) A bola é girada sempre em toques curtos de pé em pé evitando o lançamento. Há uma lógica nesse aspecto. A equipe que detém a posse de bola e começar a virá-la em lançamentos não permite que as zonas do campo se agrupem em harmonia.
5) Esse sincronismo apresentando é fruto de técnica apurada onde os atletas devem participar de treinos inteligentes, produzidos com objetivos direcionados para a prática do futebol.
Ver a seleção espanhola tocar a bola, encurralar o adversário, tocar a bola sem ter a preocupação do tempo, e pedindo que o jogo se prolongue para continuar com seu recital. Para o adversário imagino que seja o oposto. O resultado final foi 1X0. Para eles ganhar de cinco ou um tem o mesmo valor, o valor do espetáculo, de sair do gramado aplaudido, saber que encantou e se preparou para o próximo adversário.
É o clássico show espanhol “das touradas”. Fazer o adversário correr, correr e quando o mesmo está domado, dá o golpe final, que a tradução é GOL. E assim a seleção espanhola caminha encantado em direção a final da Copa.
Abraços

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Brasil mostrou suas armas

Engraçado esse futebol. Depois do jogo de Portugal, críticas, críticas e mais críticas. Time se contentou com o empate, time previsível, sem imaginação. Jogou para manter o primeiro lugar, time pesado. Veio o jogo das oitavas de final, e a Seleção Brasileira mostrou porque é a primeira colocada no ranking da Fifa. Futebol previsível sim, até certo ponto. Previsível porque jogou o que sabe, jogou o normal de um selecionado cinco vezes campeão do mundo. A defesa sempre segura, meio campo com desenvoltura e o ataque, o ataque impecável.
O que mais me assusta neste time é a maneira como reage, como os atletas se comportam perante determinado selecionado. E o mais interessante, quando sai na frente não toma virada. Talvez seja pela enorme bagagem que o time adquiriu com os atletas jogando fora do pais. A defesa com excessão de Michel Bastos joga toda na Itália. E a Itália é reconhecida pela sua forte marcação. E talvez tenham aprimorado essa postura na hora de defender.
A compactação do meio de campo com a entrada de Daniel Alves e Ramires donos de um condicionamento físico invejável, atacam e defendem com a mesma eficiência, dando liberdade a kaká e desafogando Gilberto Silva.
O nosso ataque brinca de jogar. Mobilidade, técnica, habilidade, força e a ginga que só o futebol Brasileiro possui.
Que a seleçaõ jogou com autoridade de campeã não resta a menor dúvida. Que temos atletas de nível, com personalidade e que estão preparados para enfrentar qualquer selecionado não resta dúvidas. Se vai conquistar o Hexa, só os deuses do futebol podem prever.
Abraços.

Argentina. Ataque arrasador....

Podem falar que o bandeira e o árbitro erraram ao dar o gol de Tevez em impedimento, que aquele gol mudou a partida, que o Mexico estava organizado, tinha criado boas oportunidades, mais a verdade é que o ataque Argentino é mortal. Carlitos Tevez, Higuaín, e ainda de fora Diego Melito, Palermo sem falar do fenomenal Lionel Messi.
Isso é ataque para desmontar qualquer sistema defensivo. Mesmo com a aparente fragilidade de sua zona defensiva que ainda não foi testada. Isto acontece devido o dinamismo de seu ataque, com constantes ultrapassagens, ou seja, toca e se projeta. Essas ultrapassagens não ficam restritas apenas aos laterais, os volantes e os meias estão sempre presentes nas laterais do campo. Há uma lógica até o momento, o adversário está preocupado em defender, em não tomar gol, e esquece a lógica do ataque. Abdica de usar a vertical do campo, com isso o sistema defensivo da Argentina atua em uma zona de conforto.
Nas quartas de final com o confronto contra a Seleção Alemã sua defesa deve ser testada e teremos a resposta para os questionamentos. Até o momento em quatro jogos o seu ataque vem prevalecendo sobre os adversários.
Abraços.

domingo, 27 de junho de 2010

Essa Alemanha...

Uma coisa me chama atenção no futebol da Alemanha além da armação tática, os atletas que integram seu selecionado defendem equipes do seu país. O técnico que dirige o selecionado Joachim Löw (que era auxiliar técnico de Klissman na Copa de 2006), tem a oportunidade de acompanhar seus comandados sem muito esforço, manter contato com técnicos, preparadores físicos, trocar informações, e melhor se planejar para as competições. Uma das demonstrações é o lateral Lahm, que na copa de 2006 jogou como lateral esquerdo, passados quatro anos defende a seleção atuando como lateral direito. A troca de informações entre membros de comissão técnica é primordial para o desenvolvimento da versatilidade do atleta, da personalidade, que facilitam seu desenvolvimento.
Falar que a Alemanha jogou fechada e explorando o contra ataque é chover no molhado, o que é difícil entender é como a Seleção Inglesa ofereceu estes contra ataques. A maioria das equipes inglesas joga dessa forma, marcando forte e saindo em velocidade. O segundo, terceiro e o quarto gol da Alemanha foram construídos dessa forma. Quem viu o jogo e parou para analisar o desenvolvimento das jogadas, conseguiu entender o que é contra ataque por setor. Atletas utilizando técnica e tática setorial, dando velocidade na bola e chegando ao gol com desenvoltura. Se a Seleção da Inglaterra fosse composta de atletas sem qualidade e sem experiênica, se o seu técnico Fabio Capello não fosse conhecido mundialmente em jogar de maneira defensiva, pois foi dessa maneria que se tornou bi-campeão na Juventus de Turin em 2004-2005 e 2005-2006, poderia afirmar que a Alemanha atraiu a Seleção da Inglaterra para uma armadilha.


Mais é aí que a maioria das comissões cometem erros, por não conhecerem ou não terem tempo de se adaptar ao local onde irão desenvolver seu trabalho. Para esclarecer tudo isso teria que entrar em metodologia do treino e este espaço não está sendo usado para ste fim. O que resta a saber é: surgiu uma forte candidata ao título da Copa do Mundo de 2010, e jogando o futebol atual.
Abraços.

O futebol dos clubes Ingleses encanta!!!!

Como é gostoso aos domingos assistir o futebol inglês. Toque de bola, participação, atletas com mobilidade, força, velocidade, transpirando o jogo. Rooney talvez seja um dos grandes atacantes dos últimos anos, sai da Copa da África do Sul sem ter feito um único gol e o pior, não conseguiu fazer o que faz no Manchester. Lampard, como joga bola, faz o time jogar a sua maneira, é reverenciado, idolatrado, o sir do Chelsea. E Gerrard segundo volante brilhante, quem não o queria em seu time. Gols, passes, assistências, um verdadeiro Lord. Terry é um craque como zagueiro, não faz força pra jogar. Comanda o setor defensivo com rara virtude. Isso são qualidades de atletas que compõe equipes do mais alto escalão do futebol mundial. Mais quando defendem o futebol da Seleção Inglesa!!!!! como a técnica desses mesmo atletas se torna pobre, sem imaginação, como pode a cor de uma camisa, um símbolo, uma disputa fora do habitar fazer tal diferença. Esses mesmos atletas não apresentam o mesmo rendimento na sua seleção, pelo contrário, são atletas previsiveis e sem qualquer inspiração . Será o técnico? Esquema? Ou a camisa da seleção não lhes diz nada? Eu continuo gostando de assistir o futebol do domingo onde os clubes inglêses me encantam.
Abraços.