Quem vê a seleção espanhola jogar, pensa que o futebol é fácil. Para os atletas da Fúria é muito fácil. Time agrupado, toque de bola, movimentação, ocupação de espaço, valorização da posse de bola, frieza e uma qualidade técnica que impressiona.
Se começar a enumerar tudo o que os atletas da seleção espanhola fazem no transcorrer de noventa minutos, é melhor escrever uma monografia e defender tese. Trabalhei com um técnico chamado Roberval Davino, um dos técnicos mais inteligentes que encontrei no futebol e ele falava: “futebol não é gripe que todo mundo pega”. E o professor Roberval estava com razão. Um time que tem Iniesta, Xavi, David Villa, Xabi Alonso, Busquets, Fábregas, Fernando Torres e a humildade de quem os comanda chamado Vicente Del Bosque, em adotar um esquema tático que vem dando certo há muito tempo implantado pelo Barcelona.
Faço aqui algumas observações importantes que o leitor pode não concordar:
1) A seleção espanhola joga em espaço reduzido, agrupando seu sistema defensivo ao meio campo, e o meio campo ao ataque quando está com posse de bola, obrigando o adversário a recuar e ficar com sua linha defensiva na entrada da grande área, e com isso tocar a bola, comandar o jogo e dar a partida o ritmo adequado, ou seja, alternando momentos de baixa, media e alta intensidade. Um detalhe me chama atenção: dIficilmente seus atletas erram passes quando estão a atacar e não permitindo ao adversário o tão sonhado contra ataque.
2) Este mesmo espaço reduzido permanece quando estão sem a posse de bola, só que agora é o ataque que se aproxima do meio e o meio da defesa, muitas vezes fazendo uma marcação alta e agressiva para permanecer no comando do jogo. Esse tipo de atitude, marcação alta (é quando determinada equipe marca no campo adversário), para mim é traduzida como a busca incessante pela posse de bola. Mais um detalhe significante, quando utiliza a marcação alta o faz em alta intensidade e nunca no um contra um, sempre dois ou três contra um. Com o objetivo alcançado começa o processo de recuperação de seus atletas, ou seja, toque de bola e trote, até que estejam recuperados para a próxima ação.
3) A equipe do Barcelona joga sempre em triangulações pelas laterais do campo e isso foi transportado para seleção espanhola.
4) A bola é girada sempre em toques curtos de pé em pé evitando o lançamento. Há uma lógica nesse aspecto. A equipe que detém a posse de bola e começar a virá-la em lançamentos não permite que as zonas do campo se agrupem em harmonia.
5) Esse sincronismo apresentando é fruto de técnica apurada onde os atletas devem participar de treinos inteligentes, produzidos com objetivos direcionados para a prática do futebol.
2) Este mesmo espaço reduzido permanece quando estão sem a posse de bola, só que agora é o ataque que se aproxima do meio e o meio da defesa, muitas vezes fazendo uma marcação alta e agressiva para permanecer no comando do jogo. Esse tipo de atitude, marcação alta (é quando determinada equipe marca no campo adversário), para mim é traduzida como a busca incessante pela posse de bola. Mais um detalhe significante, quando utiliza a marcação alta o faz em alta intensidade e nunca no um contra um, sempre dois ou três contra um. Com o objetivo alcançado começa o processo de recuperação de seus atletas, ou seja, toque de bola e trote, até que estejam recuperados para a próxima ação.
3) A equipe do Barcelona joga sempre em triangulações pelas laterais do campo e isso foi transportado para seleção espanhola.
4) A bola é girada sempre em toques curtos de pé em pé evitando o lançamento. Há uma lógica nesse aspecto. A equipe que detém a posse de bola e começar a virá-la em lançamentos não permite que as zonas do campo se agrupem em harmonia.
5) Esse sincronismo apresentando é fruto de técnica apurada onde os atletas devem participar de treinos inteligentes, produzidos com objetivos direcionados para a prática do futebol.
Ver a seleção espanhola tocar a bola, encurralar o adversário, tocar a bola sem ter a preocupação do tempo, e pedindo que o jogo se prolongue para continuar com seu recital. Para o adversário imagino que seja o oposto. O resultado final foi 1X0. Para eles ganhar de cinco ou um tem o mesmo valor, o valor do espetáculo, de sair do gramado aplaudido, saber que encantou e se preparou para o próximo adversário.
É o clássico show espanhol “das touradas”. Fazer o adversário correr, correr e quando o mesmo está domado, dá o golpe final, que a tradução é GOL. E assim a seleção espanhola caminha encantado em direção a final da Copa.
Abraços