terça-feira, 29 de março de 2011

O futebol e suas semelhanças...

O futebol tantas vezes cantado em versos e prosas apresenta para o mundo um novo astro, de nome "Neymar". É inegável sua habilidade, fino no trato com a bola. Neymar consegue traduzir em espetáculo o que a maioria dos atletas de futebol não consegue: domínio, passes precisos, dribles desconcertantes, criatividade, e uma gama de recursos técnicos inimagináveis para os simples mortais do futebol. Transformar uma jogada banal em uma jogada genial é fruto de muita conexão neural. Conexão neural sim, a neurofisiologia explica: No cérebro humano existem mais de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras por uma rede infinitamente complexa. Uma mensagem é transmitida de uma célula para a outra por meio de diferentes transmissores químicos. A transdução, ou transporte, de sinal ocorre em pontos especiais de contatos, chamados sinapses, e uma única célula nervosa podem ter milhares desses pontos com outras células. Arvid Carlsson foi quem descobriu que a dopamina é um transmissor do cérebro, e que isso tem uma grande importância quanto à nossa habilidade no controle de movimentos. E esse tipo de habilidade começa a ser desenvolvido dentro do útero da mãe. Quando criança e engatinhando a criança começa a desenvolver sua força. Ao correr em busca de brinquedos, pulando corda, ou jogo de rua com os amigos, desenvolvemos a resistência aeróbia. Lembra-se da brincadeira de rebate: força, velocidade e resistência de velocidade. A estrutura do ser humano começa a ser desenhada neste período. Poderia citar: Neymar, Messi, Rogério Ceni com sua facilidade em bater faltas, Zico, Maradona, nesta página não caberiam todos. Vou colocar alguns vídeos para aguçar a memória dos leitores. Quem ganha com os neurotransmissores é o torcedor do futebol.

Compração entre Garrincha e Neymar:




Abaços
Fonte:
www.lancent.com.br
wwww.yahoo.com.br


Os grandes ídolos não são criados

“Os grandes ídolos não são criados. Nascem e encontram um terreno propício para se desenvolver”. A opinião é do jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, em entrevista concedida, por e-mail, para a IHU On-Line. Na sua visão, um grande ídolo do futebol precisa ter talento ou genialidade e, principalmente, carisma.

E é exatamente o que tem Rogério Ceni, tem tudo isso e algo que só o futebol consegue explicar. Conseguiu uma marca que dificilmente será quebrada, um goleiro fazer 100 gols. Tem atacante que atravessa sua carreira sem conseguir está marca. O que para muitos parece um terror, para Ceni é simples. Bater faltas é complexo, exige técnica, competênica, controle, precisão, força e muita personalidade. Quando isto acontece em um atleta, ele se torna diferente, craque. "O ídolo é uma pessoa singular por natureza porque ele tem um dom extraordinário".

Rogério Ceni e seu 100 gol:

terça-feira, 22 de março de 2011

O futebol, o futebol, o futebol.......

O futebol brasileiro continua a todo vapor, os clubes sem revelar atletas de qualidade (os diretores são os culpados), por não investir em formação, continuam a procura de atletas que possam solucionar suas carências técnicas, tentar resgatar o futebol alegre cantado e decantado no mundo e trazer de volta ao estádio o tão apaixonado “torcedor”.

Ficam obscuras algumas atitudes: quem comanda o futebol dos chamados clubes grande, preferem comprar o atleta ou jogador pronto do que pegar uma pedra bruta e lapida-la. A pedra bruta é trabalho garantido, porque não é só técnica, tática e físico, é moldar sua estrutura, criar uma identidade, dar personalidade até formar um ser humano. Esta sequência não é lógica, esses valores podem ser invertidos, vamos aos fatos:

1) O atleta quando chega ao clube de futebol vem com uma gama de fatores sócios culturais. O principal é o DNA ou código genético, que é adquirido dos pais. Os cientistas reconhecem 8 períodos do ciclo de vida que começa no estágio pré natal (da concepção até o nascimento); a primeira infância (que vai do nascimento até 3 anos); a segunda infância (dos 3 aos 6 anos); a terceira infância a mais longa das três primeiras fases - que tem duração de seis anos (dos 6 aos 12 anos) e a adolescência que se inicia (aos 12 anos e termina aos 20 anos);

2) Para o ser humano e candidato a atleta de futebol essas três primeiras fases e a adolescência, são primordiais para estruturar um atleta;

3) Poderia citar todas as fases e detalhar. Vou me ater apenas no inicio da adolescência a partir dos 12 anos. Onde está incluso “a busca por uma identidade”.

O ser humano está sempre tentando equilibrar a busca do seu caminho, daquilo que o diferencia, e pela sociedade em geral. No momento em que começamos a procurar o nosso caminho, a nossa energia deve ser concentrada no aprendizado. Os comportamentos variam tanto que professores e pais se sentem perdidos: afinal de contas, por que os adolescentes são tão instáveis?

A inconstância, nesse caso, é sinônimo de ajuste. É a maneira que os jovens encontram para tentar se adaptar ao fato de não serem mais crianças - nem adultos. Diante de um corpo em mutação, precisam construir uma nova identidade. Por trás de manifestações tão distintas quanto rebeldia ou isolamento, há inúmeros processos psicológicos para organizar um turbilhão de sensações e sentimentos. A adolescência é como um renascimento, marcado, dessa vez, pela revisão de tudo o que foi vivido na infância.

Porque precisamos evoluir e nos integrar a nova realidade?

a) O atleta pode chegar ao clube e possuir técnica para jogar futebol, que é: saber dominar e saber passar a bola. Mas não ter habilidade significativa, e isto está relacionado com a memória cognitiva e pode ser desenvolvida. Faz parte da maturação cerebral;

b) Outro fator: chega com técnica e habilidade. Estes fatores de desenvolvimento, segundo os cientistas são de 1 por 1000 e devem continuar a aprimorar a memória cognitiva;

c) Deixei o terceiro fator citado, ou seja, físico porque tem haver com o DNA. Princípio da individualidade biológica.

Cada atleta responde de maneira particular a atividades de preparo físico. Atletas trazem ao treinamento seu talento, capacidades e habilidades únicas. A hereditariedade determina fatores fisiológicos como o tamanho do coração e pulmões, características das fibras musculares, compleição e equilíbrio. As reações ao ambiente (calor e frio, poluição, stress e altitude) variam de acordo com cada atleta. Nutrição e lesões e doenças do passado ou presente também terão influência na habilidade esportiva.

d) A prontidão fisiológica do corpo para treinar é outro fator importante. Atletas com a mesma idade cronológica podem estar em diferentes estágios de maturidade, com até quatro anos de diferença entre seu desenvolvimento e idade biológica.

e) Princípio de envolvimento ativo.

Talvez o mais importante princípio, o envolvimento ativo, requer que o atleta queira participar ativamente e de boa vontade em seu programa de treinamento. O aumento de preparo físico geral demanda comprometimento de longo prazo, da parte do técnico e especialmente do atleta. Isso requer que todos os aspectos da vida do atleta contribuam para o sucesso de seu desempenho no campo.

São alguns aspectos que devem ser levados em consideração durante a elaboração de um planejamento global. Acompanhem um debate que aconteceu no programa de esporte na Rede Bandeirantes chamado “Jogo Aberto”, com a participação de Neto, Dr. Osmar de Oliveira, Denílson e outros.

Abraços


Fonte:


www.psiquiatriageral.com.br
www.sports.specialolympics.org
www.revistaescolaabril.com.br
































sexta-feira, 18 de março de 2011

Hoje vou sair do normal...

OPINIÃO

Hoje não vou falar de tática, técnica ou colocar vídeos de gols. Vou postar uma reportagem que o atacante Jardel (ex-atleta de: Vasco, Grêmio, Porto de Portugal e Seleção Brasileira), concedeu a a revista Istoé. São revelações verdadeiras, esclarecedoras e que remetem para a realidade que vive o futebol. "Fama, dinheiro, festas, mulheres e drogas, muitas drogas". Jardel viveu o céu e o inferno no auge de sua fama. Ao mesmo tempo em que fazia gols e, mas gols, era aplaudido de pé por torcedores ávidos por gols, que o tinham como herói, como um Super homem. Jardel sem perceber cavava seu calvário fora dos gramados. Aos poucos foi perdendo sua família, seus amigos verdadeiros, sua identidade como ser humano. A droga lhe oferecia uma falsa liberdade, um poder irreal e levava sua vida. Sua realidade era dentro da pequena área de um campo de futebol, era dentro de sua casa, com sua esposa, filhos, e isto, a droga também lhe roubou.

Jardel tenta se resgatar, busca: “dignidade, respeito, amor, crédito e uma série de itens perdidos no transcorrer dos anos”.


Jardel tenta encerrar sua carreira de atleta de futebol de maneira honrosa, ou seja, jogando, correndo, fazendo o que sempre soube fazer, “gols”. Recentemente pelo Flamengo do Piauí disputou a Copa do Brasil (ano passado), estava fora do peso normal. Nunca foi um atleta de mobilidade, imaginem sem a forma ideal. Sua equipe não conseguiu superar o Palmeiras. No retorno ao Piauí seu contrato foi rescindido. Uma dura realidade, para um dos maiores ídolos da história do Grêmio e Porto de Portugal.

Que o futebol o resgate, lhe dê uma nova oportunidade, o futebol pode ser o médico que irá curar sua depressão.


Jardel: "A cocaína destruiu o meu lar"
Um dos maiores artilheiros da história do futebol europeu, o brasileiro Jardel conta como superou o vício em álcool e drogas

Rodrigo Cardoso - correspondente da Istoé.


Este ano, o jornal A Bola, tradicional diário esportivo de Portugal, quis saber da imprensa especializada e dos leitores quem foi o melhor estrangeiro de todos os tempos a pisar nos campos lusos. O vencedor foi o centroavante Mário Jardel Almeida Ribeiro, o brasileiro Jardel, conhecido lá como Super Mário. Não pela estatura (1,88 metro), mas por ter anotado 186 gols em 186 jogos naquele país. Jardel despontou para o futebol no Vasco da Gama, conquistou títulos no Grêmio e fez fama em Portugal, no Porto e no Sporting, principalmente. Lá, ganhou cinco troféus Bola de Prata de maior artilheiro do campeonato português e duas Chuteiras de Ouro (maior artilheiro da Europa). Era um fenômeno dentro da área, especialista em gols de cabeça. A Copa do Mundo parecia ser um caminho natural, mas ele foi preterido por Felipão, em 2002, quando o Brasil conquistou o penta. Ele, que na época já não conseguia vencer a dependência de álcool e cocaína, afundou de vez.


Jardel tentando encerrar a carreira com dignidade

Terminou o casamento, se afastou dos filhos e passava noites em claro cercado de mulheres, bebida e drogas. Hoje, aos 35 anos, deitado em uma rede na sua casa em Fortaleza, Jardel contou à ISTOÉ por que se considera recuperado do vício há cerca de um ano e meio. Como Ronaldo, que acaba de conquistar um título no retorno ao futebol brasileiro, procura um clube que lhe dê a chance de se superar dentro de campo - como fez na vida pessoal.

Confira a entrevista na integra:

Istoé - A história de superação do Ronaldo tem semelhança com a sua perseverança para continuar jogando depois de se livrar da dependência de cocaína?

Jardel - Sim, no sentido que, se a gente tiver fé e for atrás, vence qualquer adversário. Estou feliz por Ronaldo ter voltado a jogar e, principalmente, estar se sentindo bem nessa nova fase. É exatamente o que está acontecendo comigo. Os altos e baixos são comuns, principalmente na carreira de um jogador. Comigo, a tristeza e a depressão fizeram com que eu me deixasse levar por gente com energia negativa. E acabei fazendo coisas que não deveria. Mas o mais importante é perceber o que você fez de errado e demonstrar que pode dar a volta por cima. Por isso, o Ronaldo está de parabéns e estou feliz por ele.


Istoé - O que você procurava no álcool e na cocaína?

Jardel - Eu me tornava um cara confiante. Fico pensando por quê. Mas não sei, não sabia... Por que eu fiz isso? Por que buscava isso? Eu sentia um vazio. E algumas amizades o levam para o mau caminho. Também, depois de dez, 12 anos jogando futebol no auge, como titular, não aceitava ficar no banco. Aí, ficava chateado e usava drogas e bebia. E depois que passava o efeito delas, batia aquela angústia, solidão, tristeza, tudo junto. E consumia mais para sair desse estado. E continuava e continuava. Era uma bola de neve.


Istoé - Quando você experimentou cocaína pela primeira vez?

Jardel - Foi em 1999. Eu jogava no Futebol Clube do Porto, de Portugal, mas experimentei por curiosidade em uma festa no Brasil. A cocaína destruiu o meu lar, a minha família. A rotina em casa passou a ser de brigas. Fcava alterado, não cumpria as obrigações como pai. Meus filhos (Jardel Filho, 12 anos, e Victoria, 10, do casamento com a ex-mulher Karen Ribeiro Matzenbacher) sentiam falta do pai. Eu errei com eles. Meus filhos ficaram sabendo no colégio que as pessoas falavam que o pai deles era drogado. Às vezes, eu acordava bom e pensava: "O que estou fazendo na minha vida?" Eu tinha consciência de que eu saía dos trilhos, saía com outras mulheres. Hoje, não tenho muito contato com a Karen.


Jardel no auge da carreira: 186 gols em 186 jogos pelo Porto

Istoé - E seus filhos com a Karen, você mantém contato?

Jardel - Eles moram em Portugal com ela. Logo, logo vou para lá, vou vê-los. Não os vejo há oito meses e estou com saudades. Falamos por telefone, dizem que sentem saudade, eu pergunto como andam no colégio. Enfim, conversa de pai babão. Acabei de ser pai novamente (com a atual mulher, Tatiana Bezerra, 23 anos). A Tainá tem dois meses. A gente tem babá, mas, às vezes, ajudo também.


Istoé - Você já consumiu drogas antes de alguma partida?

Jardel - Nunca usei cocaína em competição. Nunca! Nunca joguei dopado por ter cheirado. Nunca! Sempre consumia nas férias, para curtir, em Fortaleza.


Istoé - Você fez terapia?

Jardel - Passei por um psiquiatra. Durante um mês eu conversei com o médico. Tirava algumas dúvidas sobre o porquê de acontecer isso comigo, mas quem ajuda mesmo é a própria pessoa. Não tem esse negócio de ajuda de clínica ou de médico. É a pessoa que tem de bater o pé e pronto.


Istoé - O Adriano, ex-jogador da Inter, de Milão, recusou um tratamento psicológico. Ele largou o futebol na Itália para ficar mais perto da favela onde nasceu, no Rio de Janeiro. Como vê essa decisão dele?

Jardel - Só o Adriano deve saber o que estava sentindo quando tomou a decisão. Foi carência de alguma coisa. Vejo como uma fuga.


Istoé - A atitude mais correta é parar e colocar a cabeça em ordem?

Jardel - Treinar e ir para o jogo é também uma terapia. Procurar um terapeuta ou não, depende de como a pessoa acha que pode resolver o seu problema fora do campo. Estou torcendo para que o Adriano dê a volta por cima, faça como o Ronaldo.


Istoé - Alguém da sua família teve histórico de consumo de álcool ou alguma outra droga?


Jardel - A bebida era um mal de família. Meu pai e minha mãe bebiam.


Istoé - Seu corpo dava sinais de que você deveria parar de vez?

Jardel - Claro! Quando acordava mal, com depressão, era meu organismo que estava destruído. Eu pedi muito a Deus para ele me dar forças, luz, para eu conseguir reagir. Pegava a Bíblia, ajoelhava, orava e chorava. Não virei evangélico. Vou à igreja uma vez ou outra. Tenho minha fé pessoal.


Istoé - Como adquiria a cocaína?

Jardel - Tinha gente que levava até mim. O cara tinha o meu telefone, eu tinha um ou dois dele. Em Portugal, eu consumia em casa noturna.


Istoé - Gastou muito com farra?

Jardel - Sim. Com festas, noite, mulheres. Cheguei a gastar R$ 2 mil por noite. Com drogas, não, porque ou usava pouco ou me davam


Istoé - Qual foi sua maior extravagância?

Jardel - Certa vez, fiquei oito dias acordado depois de uma farra com mulheres, bebidas, cocaína, em Fortaleza. Já estava separado e, nessa época, todo dia era uma mulher diferente.


Istoé - Há quanto tempo você se considera um ex-viciado em cocaína?

Jardel - Há mais ou menos um ano e meio decidi que não queria mais. Foi força de vontade. Fui me afastando dos diabinhos na minha vida.


Istoé - O Casagrande internou-se para tratar do vício em drogas e está voltando a ser comentarista esportivo.

Jardel - Não dá para pensar que se livra facilmente da cocaína. É uma luta diária, que não acaba nunca. Eu conheço o Casagrande. Ele é uma boa pessoa.


Istoé - A tentação ainda o cerca?

Jardel - Sim. O diabo manda seus mensageiros para me atiçar. Você tem de ser forte. Ainda tem gente que aparece e diz: "Quer um pozinho? Dar uma cheiradinha?" Já solto logo um palavrão, o bicho pega para quem se atreve. E só bebo socialmente.


Istoé - Em 2002, você tinha muita chance de ser convocado para a Copa do Mundo. Não ter sido o deixou mais deprimido?


Jardel com a chuteira de ouro

Jardel - Eu fiquei péssimo, péssimo por não ter sido convocado pelo Felipão para a Copa de 2002. Mesmo assim, torci por ele e pelo Brasil.


Istoé - Mas esse fato contribuiu para o seu vício?


Jardel - Sim, com certeza contribuiu. Porque fiquei mais deprimido, triste.


Istoé - Como nasceu essa depressão?


Jardel - Foi um pacote de coisas ruins. O meu processo de separação, a minha não convocação para a Copa e o fato de eu jogar pouco no Bolton (time inglês que ele defendeu em 2003).


Istoé - Se, hoje, você estivesse jogando como na época da Copa de 2002, você teria vaga na Seleção do Dunga?


Jardel - Sem dúvida nenhuma, sim!


Istoé - Por que o Felipão não o convocou?


Jardel - Não sei. Nunca perguntei a ele. Acho que seria antiético da minha parte. Mas falta de gol não foi.


Istoé - Você guarda mágoa dele?


Jardel - Não. As pessoas fazem opções na vida. Apesar de eu ficar de fora sendo o artilheiro da Europa, torci por ele. E o Felipão mereceu.


Istoé - Você vai jogar no Olaria, da segunda divisão do Rio de Janeiro?


Jardel - Um dirigente me procurou. Um grupo de empresários comprou o clube e ficamos de conversar.


Istoé - O mal dos atacante brasileiros, hoje, parece ser o peso. Você tem feito algum tipo de preparação física?


Jardel - O Jardel aqui está comendo buchada, essas coisas bem leves, sabe? Estou em forma... de bola! Estou brincando: tô no peso. Tenho treinado, estou jogando bola no meu campo quase todos os dias. Perdi sete quilos, estou com 88 quilos. Não estou 100% fisicamente, mas...


Istoé - Não precisa correr muito para fazer gol. Veja o Romário.


Jardel - Preciso correr não, cara! Resolvo dentro da área! Dentro dela, sou um matador, um leão. Fora da área, sou um gatinho.


Istoé - Está perto da aposentadoria?


Jardel - Penso em jogar mais dois ou três anos e depois talvez fazer um curso para treinador ou empresário. Não tenho histórico de lesões. Preciso que o treinador confie em mim e me coloque para jogar.




Abraços
 
Fonte:
 
http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/13176_A+COCAINA+DESTRUIU+O+MEU+LAR+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

segunda-feira, 14 de março de 2011

Técnico Muricy traça meta ambiciosa para o Fluminense: ganhar tudo

Comandante lembra que não dá para pensar na classificação dos adversários e diz: 'Não é como no vôlei, que o bom ganha'.
Por Diego Rodrigues - Rio de Janeiro

 Depois dos últimos resultados (empate com o Prudente e derrota para o Santos, em casa), o Fluminense já não tem mais uma sequência de resultados "programados" na cabeça. Sem distinção entre a parte de cima e a parte de baixo da tabela, o técnico Muricy Ramalho resolveu traçar uma meta ambiciosa:



 
Muricy Ramalho em treino do Fluminense

                                                            (Foto: Agência Photocâmera)

Na opinião do treinador, como as equipes estão no mesmo nível, é difícil apontar um favorito. Ele lembra inclusive o seu tempo de jogador para comparar as duas épocas e argumentar sobre a tese de que todos adversários são difíceis.

- Hoje não tem diferença. Antigamente tinha. Não é como vôlei, que o bom ganha. O futebol mudou. Hoje é muito competitivo e o que igualou é a parte física. Todos estão fortes fisicamente e as equipes não têm muita diferença. Hoje não existe um supercraque. No meu tempo, quando a coisa estava feia, dava para o Zico, por exemplo, que ele resolvia. Agora é mais coletivo. E no coletivo todos se igualam, por isso não pode cravar um time favorito.

- Ainda faltam dez jogos. Não é decisivo, é importante. É um adversário que joga para o título e o Fluminense vai preparado.


Fluminense promete R$ 1 milhão ao elenco pela conquista do Brasileiro


Vitórias valem R$ 40 mil, com bônus de R$ 20 mil em partidas decisivas, como contra o Cruzeiro, neste domingo em Uberlândia, pela 29ª rodada.

Quanto vale um título? No Fluminense, o “preço” da conquista do Brasileirão já está estipulado: R$ 1 milhão de bicho para dividir entre jogadores, e comissão técnica, de acordo com a participação nas partidas. O valor é o mesmo da premiação pela permanência na primeira divisão em 2009 e tem como origem o "patrocinador".


O elenco tem recebido também gratificações rodada a rodada. O bicho pago por vitórias é de R$ 40 mil, com aumento para R$ 60 mil em partidas consideradas decisivas, como contra o Cruzeiro, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Parque do Sabiá, em Uberlândia, pela 29ª rodada. Empates são premiados também apenas em partidas “especiais”, com redução de 40% do valor da vitória. Ou seja, R$ 36 mil.


'Robinho era o jogador certo na hora errada', diz ex-técnico do City

Mark Hughes analisa período de transição do clube de Manchester após compra por árabes e afirma que sentiu falta de apoio da nova diretoria.
09/10/2010 09h34 - Atualizado em 09/10/2010 11h21

Demitido em dezembro do ano passado, o técnico Mark Hughes concedeu neste sábado uma longa entrevista ao jornal "Daily Mail" sobre sua passagem pelo Manchester City. O galês foi responsável por comandar a equipe na mudança de donos e viu chegar Robinho em 2008 como a contratação mais cara da história do futebol inglês. Para o treinador, a pressão sobre o brasileiro foi muito grande.


Robinho é até hoje o jogador mais caro da história
                                           do futebol inglês (Foto: Getty Images)

O ex-santista trocou o Real Madrid pelo City por 32,5 milhões de libras (R$ 86 milhões) no mesmo dia que o sheik Mansour bin Zayed Nahyan, dos Emirados Árabes, comprou o clube do tailandês Thaksin Shinawatra. Somente na temporada 2009/2010 novas estrelas chegaram, como Adebayor.

- Robbie era o jogador certo na hora errada do desenvolvimento do clube. Ele não foi o único a sofrer por estar em um clube em transição. Algumas pessoas não reajem bem às mudanças - disse Hughes, atualmente no Fulham.

Mark Hughes, ex-técnnico do Manchester City.

- Em algumas oportunidades, eu precisei de apoio e não tive. Nós empatamos muitos jogos, muitos. Mas éramos um time em formação. Eu sabia que não tinha muito tempo para acertar, pois eles estavam querendo uma desculpa para mudar tudo. O presidente, Khaldoon Al Mubarak, um dia fez uma visita surpresa e estava claro que iriam me demitir. Mas ganhamos do Arsenal e do Chelsea... Só depois que perdemos para o Tottenham... Eu não era o homem deles, não fui escolhido por eles - concluiu.

O técnico foi demitido em 19 de dezembro de 2009 logo após uma vitória do City sobre o Sunderland por 4 a 3. Logo em seguida, a diretoria acertou a contratação do italiano Roberto Mancini, que ainda está no comando da equipe - sem Robinho, negociado com o Milan, e com o argentino Carlitos Tevez como principal estrela.




‘Eu me sinto mais brasileiro no Haiti do que aqui’, diz técnico da seleção

Edson Tavares é outro a não saber explicar paixão do povo pelo futebol canarinho. Até suicídio foi registrado no país durante a Copa do Mundo


Talvez o Rei Pelé e o time de 1982 tenham sido os grandes precursores, e as gerações de Romário e, principalmente, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, com o “Jogo da Paz” de 2004, as responsáveis por ratificar o sentimento de paixão dos haitianos pelo futebol brasileiro. Ou possivelmente a grande ajuda das tropas brasileiras, que diminuíram drasticamente os conflitos sociais e políticos no país. Tudo é fruto de apenas uma especulação baseada na história e nos craques e títulos das últimas seleções, pois ninguém sabe, de fato, quando começou tamanha fixação.


A camisa amarela não é da Seleção Brasileira, mas bem que poderia: técnico Edson Tavares ficou surpreso ao ver a paixão e fixação pelo futebol brasileiro ao desembarcar no Haiti (André Durão / Globoesporte.com)

Não há exageros. Durante a última Copa do Mundo, na África do Sul, o Haiti viveu momentos de alegria e tristeza absolutos. Comemorações uniformizadas nas ruas com a classificação sobre o Chile e até casos de suicídio após a eliminação para a Holanda foram registrados.



No Rio de Janeiro para um período de treinos com a seleção após um mês no país, o técnico brasileiro Edson Tavares admitiu que é no outro continente onde se sente patriota, mesmo com tanta desolação depois do terremoto de sete graus que devastou os lares haitianos em janeiro.

– Todos os dias tinham tiroteios entre gangues, era desgraça atrás de desgraça, 30 a 40 mortos… Na hora que a tropa brasileira chegou só se falava nisso. Foi assim que a ONG Viva Rio entrou e os organismos brasileiros têm entrado lá. Mas não será tão cedo que vão mudar aquilo lá. O “Jogo da Paz” de 2004 foi uma felicidade instantânea para eles. E terão o mesmo sentimento quando qualquer equipe brasileira for para lá. Falou em Brasil é garantia de 100 mil espectadores no estádio. Lá é impressionante. Eu me sinto mais brasileiro lá do que aqui. Tem até equipe lá que é verde e amarela em homenagem... – disse Tavares.

O treinador ressaltou a importância do país para o povo haitiano e pediu mais atenção dos brasileiros.


– A CBF tinha que levar alguém lá para ver o que é a importância do futebol brasileiro no exterior, para poder qualificar nossa mão de obra aqui e ver o mercado que nós perdemos. Antigamente tínhamos 20 treinadores no Japão, agora são 1 ou 2. O mesmo vale para Arábia, Emirados Árabes e Qatar. O Brasil está só perdendo, e enquanto olharmos para o nosso nariz não iremos evoluir – afirmou.


A delegação se completa com o chefe Garry Nicolas, um dos cinco vice-presidentes da federação de futebol do Haiti e funcionário público. Um dos maiores entusiastas do futebol brasileiro, ele também não soube explicar por que há tanta adoração.

Vice-presidente da Federação de Futebol do Haiti, Garry Nicolas
é mais um fã dos brasileiros (André Durão)

– Não sei como isso surgiu. Para você ver, após a eliminação do Brasil na Copa, cinco torcedores morreram, alguns se suicidando e outros em luta contra torcedores da Argentina. Lá 80% do povo torce para o Brasil e o resto se divide entre Argentina, Alemanha, Holanda e agora a Espanha, por conta do título com um estilo parecido do brasileiro – contou.


Lutador de caratê, Garry se disse ainda fã do zagueiro Lucio, “forte no ataque e na defesa”.
– O meu jogador brasileiro preferido é o Lucio por isso (risos). Mas também tenho o Ronaldinho Gaúcho como ídolo, tenho guardada até hoje a sunga que ele me deu no vestiário após o jogo em 2004 – encerrou, sem precisar justificar o gesto. Que, pelo menos nas próximas três semanas, enquanto a seleção haitiana estiver no Rio se preparando para a pré-Copa Ouro, este sentimento seja recíproco.


Animado com reforma do futebol no Haiti, técnico acredita em surpresas
Após tragédia que devastou o país, Edson Tavares vê ‘Projeto-2014’ com bons olhos, apesar de todas as dificuldades: ‘Vida de treinador é 90 minutos’.

Uma obra triste do destino colocou o técnico Edson Tavares no caminho do Haiti. Por conta do terremoto de sete graus que chocou o mundo e arruinou o país em janeiro, a Federação de Futebol, em parceria com a ONG Viva Rio, optou por dar chance aos brasileiros no comando - é assim também na seleção feminina. O treinador, que até pensara em abandonar o esporte, em 2007, pediu demissão de seu clube no Omã e aceitou o desafio.


Não está apenas no bigode a semelhança de Edson Tavares com René Simões
(Foto: André Durão)



Abraços

Fonte:

www.globo.com/esporte
www.ig.com.br
www.lancenet.com.br
www.estadao.com.br/esporte






















O Homem foi embora....

Muricy Ramalho não é mas o técnico do Fluminense. Após o jogo contra o Flamengo pela Taça Rio, veio o comunicado. Muricy alegou falta de estrutura física para continuar seu trabalho nas laranjeiras. Só que o motivo pode ter sido outro. Todos sabem que Muricy tem personalidade e não abre mão da liderança, a medida que isso é colocado em segundo plano, fica difícil continuar o trabalho. Muricy é o conhecido "queixo duro", gíria usada no interior de São Paulo. "Na minha equipe quem manda sou eu". E deve ter havido algum tipo de interferênica no seu trabalho como a demissão do diretor de Futebol Alcides Antunes, seu homem de confiança. Para interferir no trabalho do técnico, não é necessário dar pelpite para escalar a equipe, achar que esse ou aquele devem jogar. É só mexer com um membro da comissão técnica que a bomba estrá deflagrada.

Muricy já mostrou sua competência por onde passou. Em quase todas equipes conquistou títulos, que lhe dá o status de um dos melhores técnicos que o Brasil possui. São 4 títulos nacionais (três com o São Paulo e um com o Fluminense), campeão estadual com o Inter de Porto Alegre, com o Nautico de Recife, com o modesto São Caetano de São Paulo, a estes feitos tem um nome que é: notabilizar. Segundo o dicionarioweb é o mesmo que distinguir (dis-tin-guir) v.t. Diferençar, perceber, ouvir. Identificar: distinguir alguém na multidão. Dar preferência a: distinguiu-o entre os amigos. E isso o fez e faz muito bem, como? Ganhando títulos, se impondo, fazendo amigos, tendo respaldo de atletas, são atitudes que o faz se notabilizar. Feliz a próxima equipe que o contratar. Abraços Muricy.

Acompanhem a reportagem na íntegra:

Muricy Ramalho sobre saída: "Meu ciclo foi encerrado no Fluminense"

Após comunicar oficialmente aos jogadores e ao presidente do Fluminense sua saída, o técnico Muricy Ramalho divulgou nota oficial. Após quase uma no comando do Tricolor carioca, o treinador afirmou que seu “ciclo havia terminado no clube”. A decisão foi tomada há alguns dias pelo treinador.

Muricy após deixar o comando técnico do Fluminense

Muricy assumiu o comando do Fluminense no dia 27 de abril de 2010. Em julho, após a saída de Dunga da Seleção Brasileira, ele foi convidado pelo presidente da CBF Ricardo Teixeira para ser técnico do Brasil. No entanto, ele recusou o convite e permaneceu no clube carioca.

Cinco meses depois, Muricy conquistou o Campeonato Brasileiro 2010 com o Tricolor e o quarto da sua carreira (três pelo São Paulo em 2006, 2007 e 2008). No Prêmio Craque do Brasileiro, o treinador de 55 anos foi escolhido pela quinta vez o melhor treinador da competição.

Muricy agradeceu especialmente ao presidente da Unimed, Celso Barros, e ao ex-vice de futebol Alcides Antunes, que deixou o cargo no sábado.

– Quero muito agradecer a todos que trabalharam comigo durante esse período e dizer que meu ciclo foi encerrado no clube. Quero agradecer também a Unimed, através de seu presidente Celso Barros, parceiro em todos os momentos, pelo apoio recebido durante todo o meu trabalho, e ao Alcides Antunes, que batalhou junto – afirmou em nota.

Entrevista que o técnico Muricy Ramalho concedeu a Paulo César Vasconcelos do SporTv Parte I:





Entrevista que o técnico Muricy Ramalho concedeu a Paulo César Vasconcelos do SporTv Parte II, Muricy fala de emoção na saída do clube:







Entrevista que o técnico Muricy Ramalho concedeu a Paulo César Vasconcelos do SporTv Parte III, Muricy faz críticas ao vazamento de informações internas:







Entrevista que o técnico Muricy Ramalho concedeu a Paulo César Vasconcelos do SporTv Parte IV, Muricy afirma estar sem propostas, afirma que não deixou o tricolor crioca para acertar com outro clube:





Entrevista que o técnico Muricy Ramalho concedeu a Paulo César Vasconcelos do SporTv Parte V, Muricy afirma que o campeão brasileiro está devendo, evoluiu mas ainda não jogou um bom futebol em 2011:





Conclusão:

Nesta entrevista Muricy revela todo seu carisma e sinceridade. Trabalha com honestidade, merece o status de "Ele é o cara".


Abraços

Fonte:
www.globo.extra.com.br/esporte
www.sportv.com



sexta-feira, 11 de março de 2011

Os estaduais....

Prosseguindo os preparativos para o Campeonato Brasileiro de 2011 que começa a partir do mês de maio, os clubes de maior porte do país como: São Paulo, Santos, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Vasco, Grêmio, Internacional e outros, utilizam os Campeonatos Regionais como preparação para temporada anual. Em São Paulo o último invicto do Paulistão de 2011 caiu diante de sua própria torcida. O Corinthians jogando no Pacaembu foi derrotado pela Ponte Preta (seu apelido é macaca), pelo placar de 1 a 0. Para quem está acompanhando o futebol Paulista não foi surpresa, pois fazem exatamente 10 rodadas que a macaca não perde, e com está vitória se notabilizou entre os primeiros do Paulistão. A equipe do Palmeias conseguiu uma bela vitória de virada em cima do Noroeste, jogando em Bauru. Valdivia foi o grande destaque do jogo, além de fazer um belo gol de falta, fez a jogada do segundo gol. Neymar na Vila Belmiro aprontou. Fez dois golaços dignos de estrela. Precisa ter cuidado com este menino. O que faz com a bola é raro, dignos dos atletas de exibição. Além dos gols feitos, deu o passe para Léo fazer o terceiro. No Morumbi o São Paulo fez valer a sua melhor condição técnica e venceu o Ituano por 2 a 0 e assumiu a liderança do Paulistão de 2011 por numero de vitórias e com a mesma pontuação de Santos e Corinthians com 25 pontos. Já no Rio de Janeiro: Flamengo, Fluminense e Botafogo, continuam com 100% de aproveitamento no segundo turno do campeonato Carioca. O Vasco conseguiu uma dura vitória sobre o Duque de Caxias pelo plaar de 4 a 2. Depois de ter perdido na estreia no segundo turno, se recuperou amplamente com esta goleada. O Fluminense terá que resolver seus problemas - no Campeonato Carioca faz gol atrás de gol, nesta quarta feira venceu o América pelo placar de 3 a 1. Esta verdade não é a mesma na Libertadores das Américas. A equipe não consegue deslanchar e tem o pior ataque no seu grupo, não sei se na competição, com apenas um gol marcado. Flamengo volta a liderar e caminha a passos largos rumo ao título do segundo turno o que lhe daria a conquista do campeonato Carioca de 2011. O Botafogo e suas indecisões. Em uma partida a equipe arrebenta em outra joga como se fosse uma equipe pequena. Esses altos e baixos tiram a confiança dos atletas, venceu o Nova Iguaçu por 1 a 0 e ainda tomou sufoco. No Rio Grande do Sul o Grêmio tornou-se campeão do primeiro turno do Gauchão, estava perdendo para o Caxias por 2 a 0, empatou o jogo e venceu nos pênaltis. O goleiro Victor foi o destaque nas cobrança por defender duas cobranças. Já o técnico do Caxias Lilas foi ameaçado de morte por torcedores do Caxias após a perda do título. Coisas do futebol.

Acompanhem alguns gols do campeonato Paulista pela 12a. rodada:




Gols pela segunda rodada da Taça Rio 2011:



Abraços

Fonte:

www.uol.com.br/esporte

domingo, 6 de março de 2011

A luta pela classificação...

O Campeonato Paulista da série A-2 está próximo de definir os semifinalistas. Faltando 5 rodadas para encerrar a fase de classificação, as equipes lutam ponto a ponto em busca da próxima fase. Uma coisa é notória, não existe diferença técnica no Grupo 1 entre o último colocado o Sertãozinho, e o primeiro colocado o Grêmio Catanduvense. Essa diferença técnica poderia ser o diferencial do primeiro colocado, mas o que tenho visto é um futebol sem criatividade. Os esquemas vem suplantando a forma de jogar. O esquema tático rígido inibe a criatividade, a forma prazerosa de jogar futebol. Afasta o torcedor do estádio, não se vê nas equipes filosofia de jogo, a busca frenetica pelo gol. O placar dos jogos está muito parecido, as goleadas cada vez mas escassas. Já se passaram 13 rodadas do campeonato, e o artilheiro do Grupo 1, tem apenas 7 gols marcados. Acredito estar havendo uma inversão de valores, quem disse que: a equipe que faz muitos gols, não pode ter a defesa menos vazada. É uma questão de treino, de encontrar um equilíbrio, de aperfeiçoar a maneira de jogar e olhar o futebol de maneira mas abrangente. 

As equipes com um esquema tático parecidos. No grupo 1 o que tem prevalecido é o esquema: 1-4-4-2, variando o quadrado do meio de campo, em forma de losango ou quadrado tradicional. E Neste final de semana a equipe do Sertãozinho que luta para sair da Zona de Rebaixamento para série A-3, venceu o União São João de Araras pelo placar de 2 a 0. A equipe do União está na ponta de cima da tabela, e luta pela classificação à próxima fase da competição.

A equipe do Rio claro tem alguns atletas que se destacam na técnica individual, caso do meia armador Marcelinho (técnica apurada). O que prevalece nesta equipe é a maneira que joga, sempre agrupada e tentando envolver a equipe adversária.

A equipe do Rio Preto que também busca a classificação, subuiu de produção e joga com técnica e velocidade. Seu técnico, Betão Alcantara está conseguindo implantar um mixto de técnica e velocidade em sua equipe, e neste fim de semana foi ousado: a equipe que comanda, o Rio Preto, estava perdendo o jogo no primeiro tempo para o Comercial. Substituiu o zagueiro central, e colocou um atacante de área. No primeiro tempo, estava com o domínio territorial do jogo. No segundo tempo, com a alteração do atleta e a mudança tática, que fez alterar a estratégia de jogo, o domínio foi total. Há alteração, fez a equipe do Comercial recuar, empatou o jogo e poderia ter vencido se não fosse o estado do gramado, estava péssimo, devido as constantes chuvas.

Atitude parecida e de ousadia, teve o técnico da Ferroviária Felício Cunha, ao estar perdendo o jogo no primeiro tempo pelo placar de 1 a 0, não pensou duas vezes: tirou o lateral esquerdo Guaru com 30 minutos do primeiro tempo, e colocou o atacante Diego Campos pelo lado esquerd,o para inibir os avanços do lateral direito Alex do Rio Claro que se destacava na partida. A ousadia e a maneira de enchergar o jogo deram resultado e a equipe da Ferroviária saiu com um empate de Rio Claro após estar perdendo o jogo pelo placar de 2 a 0.

A equipe do Comercial não apresentou nada de anormal. Tem um atleta de qualidade na frente de nome Marcelo Soares. Rápido e habilidoso, foi um tormento para zaga do Rio Preto. Em uma jogada isolada, roubou a bola do zagueiro do Rio Preto, caminhou com a mesma, driblou o goleiro e fez um golaço para equipe do Comercial. Ainda no primeiro tempo, teve outras duas boas oportunidades de ampliar o placar, todas as jogadas pro mérito individual.

Gosto e sou fã do futebol bem jogado, de atletas com dinâmica, que joguem em busca do gol. O futebol mundial já deu seu grito: com a bola se joga, sem a bola, todos marcam. Não pode ter privilégios. Messi, Iniesta, Xavi, os finalistas ao prêmio de melhor do mundo marcam sem a bola. E por que os mortais e que estão iniciando querem ter o privilégio de não marcar?

Alguns gols da 13a. rodada da Série A-2, disputada no dia 05/03.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Dicas para observar uma equipe de futebol

Observar não significa apenas olhar; significa estar atento a tudo que possa representar um aliado para se preparar contra o próximo adversário, ou a oportunidade de tirar proveito da situação antes que o jogo aconteça. Quando a observação é uma prática constante, torna-se muito mais fácil se preparar para situações inesperadas.

Mas de nada adianta a observação sem o controle. Ter informações em mãos e não acompanhar a evolução do futebol, é o mesmo que perceber os primeiros sintomas e não checar o seu progresso ou retrocesso. Significa, nada mais, nada menos, que entregar a situação à própria sorte.

Existem diversas ferramentas de controle (tecnológicas ou não) que auxiliam no controle de informações. Utilizar-se delas ajuda na tomada de decisões estratégicas. Softwares, filmagem, fotos e até mesmo apontamentos podem contribuir – e muito – para o melhor entendimento das tendências do jogo de futebol.

Como exemplo de ferramenta "não-tecnológica" podemos citar um artifício chamado inteligência competitiva. Consiste em uma análise da equipe adversária que será seu próximo adversário. Ir ao estádio no dia do jogo, frequentar treinos, uso da internet, consultas telefônicas (ligar para um amigo para obter informação). Todas as informações coletadas são inseridas em um relatório onde a comissão técnica avalia os pontos fortes e fracos do(s) concorrente(s) e compara-os com o da própria equipe. Com isso, são sugeridas mudanças que objetivam a melhoria da tática e estratégia. São processos críticos para o  crescimento da equipe.

É importante salientar que inteligência competitiva É COMPLETAMENTE DIFERENTE de espionagem. A inteligência competitiva coleta informações disponíveis, ao passo que a espionagem industrial consiste na obtenção (geralmente por meios ilícitos) de informações de caráter confidencial. Obviamente esta prática não é recomendada por ser totalmente antiética (estratégia bourne).



Observações técnicas e táticas: Equipe Verde (vou chama-la assim)


Informações do jogo

Tipo de jogo: Campeonato Paulista série A-2 – 2011 – 9ª. Rodada.


1. Escalação da equipe:
1. Goleiro
2. Lateral direito
3. Zagueiro central direito
4. Zagueiro central esquerdo
5. Primeiro volante
6. Terceiro zagueiro
7. Atacante pelo lado direito
8. Segundo volante
9. Atacante de área (vou chama-lo de Manoel)
10. Armador (craque da equipe irei chama-lo de Junai)
11. Atacante pelo lado esquerdo


2. Sistema tático Predominante durante o jogo:
1-3-5-2 ou 1-3-4-3


2.1. Variações do sistema atacando:
1-3-5-2; 1-3-4-3; 1-2-5-3


2.1.2. Variações do sistema defendendo:
1-3-5-2; 1-4-4-2;


3. Pontos fortes durante o jogo:

a. O armador da equipe (vou chama-lo de Junai, nome fictício) é o responsável pelas principais ações ofensivas. Atleta destro, técnico, dinâmico e habilidoso. Escanteios, faltas frontais e laterais são de sua responsabilidade. É o atleta que faz a transição meio campo ataque. Nesta partida jogou entre a intermediária defensiva e grande área ofensiva. Não tinha responsabilidade de marcar, o desenho tático e o suporte dos atletas eram para ele jogar com liberdade. Alguns detalhes de Junai: “atleta inteligente e por este motivo é constantemente acionado. Trabalha sempre em progressão, utiliza sua dinâmica para receber a bola livre, e em posição para atacar o adversário. Quando o primeiro atacante de sua equipe disputava a bola no alto, fazia ultrapassagem e penetrava como atacante. Quando um atacante se deslocava pela lateral para servir como opção, penetrava na área para servir como opção central”;

b. Outro ponto favorável da equipe no ataque é o primeiro atacante que vou chama-lo de Manoel (nome fictício). Atleta alto com presença de área. Canhoto, vai sempre para disputa direta com os zagueiros, e usa bem o corpo. Nesta partida cometeu inúmeras faltas nos zagueiros. Atleta que merece ser marcado com inteligência;

c. O lateral direito vai constantemente ao ataque, até porque sua equipe joga com três zagueiros e sem lateral esquerdo. Sempre teve a característica de atacar. No jogo de ida disputado na fonte (0X2), fez o cruzamento para o primeiro gol de sua equipe. Este utiliza um expediente há bastante tempo e obtém sucesso: quando se aproxima da linha de fundo, levanta a cabeça, ameaça que vai cruzar, dá o drible para dentro e cruza com a perna esquerda;

d. A equipe Verde com posse de bola ocupava o campo de ataque com sete atletas, deixando o primeiro volante a frente dos três zagueiros.

4. Pontos vulneráveis durante o jogo:

a. O zagueiro central esquerdo nesta partida apresentou insegurança. Fazia a cobertura tática coletiva de maneira correta, mas se atrapalhava na parte técnica. Ou dava o passe errado ou perdia a bola. Tomou cartão amarelo por se descontrolar em uma jogada. Foi corretamente substituído, pois poderia ter sido expulso.

b. A equipe jogou sem lateral esquerdo no primeiro tempo. Nesta partida o atacante do lado esquerdo fez esta função. Quando estava sem a posse de bola, acompanhava o lateral direito adversário. Só que: o lateral direito levou vantagem no confronto direto, fazendo vários cruzamentos, um deles resultou em gol. No segundo tempo deslocou o segundo volante para fazer a função de lateral esquerdo.

5. Atletas mais importantes:

• Junai utiliza a inteligência para jogar futebol;
• O atacante de área Manoel, apesar da estatura bem mobilidade e incomoda o setor    defensivo;
• A dupla de zaga utiliza bem sua estatura nas bolas paradas.
• O atacante do lado esquerdo é veloz.

6. Organização da defesa quando atacada: Marcação por zona após o meio de campo. Não utilizam marcação agressiva por setor: 1-3-5-2 ou 1-4-5-1.

Alguns pontos a considerar no primeiro tempo: uma linha com três zagueiros; um lateral de oficio; dois volantes: um fixo e o outro que sai para o jogo; um armador e teoricamente três atacantes (lado direito, um atacante centralizado e um pelo lado esquerdo). O lateral direito batia com o lateral esquerdo adversário, os três zagueiros se revezavam na marcação dos dois atacantes adversários. O atacante do lado esquerdo acompanhava o lateral adversário. O primeiro volante exercia marcação individual sobre o armador adversário. Junai não tinha a quem marcar, pois os dois volantes adversário não ultrapassavam para o campo de ataque, ficavam dando suporte defensivo. O segundo volante da equipe Verde bloqueava o terceiro volante adversário quando este atacava. O atacante pelo lado direito e o primeiro atacante Manoel ficavam na frente. Um detalhe: O primeiro volante da equipe Verde acompanhou individualmente o armador da equipe adversária. Percebendo este tipo de marcação, fez a movimentação lateral com o intuito de atrair seu marcador, e abrir espaço para sua equipe atuar.

 O lateral direito da equipe Verde tentou marcar o lateral da equipe adversária, mas não conseguiu acompanhar sua velocidade.
 No segundo tempo o técnico da equipe verde tirou o atacante pelo lado direito e colocou outro atacante. Deslocou o segundo volante para lateral esquerda. Adiantou o terceiro zagueiro como volante e o colocou ao lado do primeiro volante e de Junai. E fez três atacantes. Jogou no 1-4-3-3. Depois do segundo gol sofrido, fez substituição e mudou a estratégia da equipe. Substituiu o zagueiro central por outro atacante com características de velocidade, e desfizeram os três zagueiros. O atacante do lado esquerdo foi deslocado para lateral direita (é ambidestro). O primeiro volante foi jogar como zagueiro, o lateral direito como volante e Junai permaneceu na armação. Na frente: três atacantes. Aos 30 minutos do segundo tempo apresentou nova alternativa. Substituiu o lateral direito por um meio campista, o primeiro volante voltou a jogar como volante. Houve um revezamento na lateral direita entre o primeiro atacante e o volante.

 7. Organização da defesa atacando:
 1-3-5-2, 1-3-4-3 e 1-4-3-3. No primeiro tempo do jogo ficaram sempre os três zagueiros, e um volante de contenção;

 Nos escanteios e faltas laterais, os zagueiros vão para área com o lateral direito. O segundo volante ficou no rebote ofensivo. Atrás: dois atletas para marcar um adversário.

8. Organização do meio de campo: atacando e defendendo;

Nos dois momentos, ocupou o meio de campo com 5 a 7 atletas.

Defendendo: Apesar de o primeiro volante exercer marcação individual, foi por dentro que aconteceram os dois gols da equipe adversária. As jogadas começaram na lateral e terminaram com a conclusão por dentro. Sem a posse de bola o único atleta que fazia marcação forte no meio de campo era o primeiro volante. Nesta partida não aconteceu à cobertura de volante para volante, pois jogavam distantes. Os dois laterais adversários penetravam por dentro como se fossem armadores;

Atacando: o primeiro volante da equipe verde ficou na frente dos zagueiros e o segundo volante saia para o jogo. O segundo volante e o lateral direito tentaram se aproximar de Junai para fazer os setores funcionar. Detalhe: atacante aberto, lateral por dentro. Atacante por dentro, lateral por fora.

9. Organização do ataque: atacando e defendendo:


Atacando – o primeiro atacante Manoel era a referência, com movimentação de área a área. Os atacantes do lado direito e esquerdo faziam apenas setor. No primeiro tempo não houve inversão de posição, pois o atacante do lado esquerdo acompanhava o lateral direito adversário. O armador da equipe Verde Junai era o homem que se aproxima do primeiro atacante para tabelar e penetrar na área. Quando recuperavam a posse de bola, a transição defesa ataque era com ênfase no toque de bola.

Defendendo – Ficavam na frente o primeiro atacante e o atacante do lado direito.

Jogada ensaiada:

Falta lateral esquerda: o segundo volante penetrou na área e o lateral direito ficou no rebote. Junai rolou a bola entre a marca do pênalti e a risca da grande área. O segundo volante saiu por trás da zaga adversária e finalizou de perna esquerda. Jogada que merece atenção.

10. Desenho tático e variações:

Entrou jogando no: 1-3-5-2 ou 1-3-4-3 no primeiro tempo. No segundo tempo jogou no 1-4-3-3.

11. Função individual: o primeiro volante da equipe Verde marcou o armador adversário individualmente no primeiro tempo. O mesmo fez o atacante do lado esquerdo no lateral direito adversário.

Com posse de bola – saída para o ataque:

Com toque de bola: Tocando a bola, o ataque adversário não marcou a saída de bola;

a. Em velocidade por setor: Setor esquerdo;

b. Com lançamentos: Não aconteceu. O adversário não permitiu contra ataque;

c. Quando da posse de bola: preferem o toque de bola de maneira cadenciada.

12. Organização no ataque. Quantos atletas?

Com posse de bola: dois atacantes abertos e um centralizado. Chegando por trás: Junai, o segundo volante e o lateral direito.

12.1 Jogadas envolvidas – setores;

Setor direito – lateral direito é forte no apoio;

Setor esquerdo – pouco produziu.

Quando defendendo:

a. Defesa: Jogou com três zagueiros. Como jogou sem lateral esquerdo o atacante pelo lado esquerdo voltava para recompor o setor;

b. Meio campo: Quem marcou forte e individual foi o primeiro volante. Os outros componentes do meio campo marcavam por setor;


c. Ataque: Não marcaram a saída de bola dos zagueiros;


d. Tipo de recomposição:  Normal sem intensidade. Não brigavam pela posse de bola.


Quando perde a posse de bola. Como se recompõe os setores da equipe?

Não houve remanejamento de posições, faziam setor, e isso comprometeu o desenvolvimento tático da equipe.

13. As principais jogadas?

As bolas paradas foram as jogadas perigosas da equipe Verde.

14. Característica física, técnica e tática da equipe?

Condicionamento físico: Ficou com um jogador a, mas, desde os 30 minutos do primeiro tempo, e não conseguiu exercer pressão na equipe adversária, se limitando a tocar a bola.

Condicionamento técnico: Equipe técnica. Tem atletas que executam bem essa função;

Condicionamento tático: A tática da equipe estava bem definida, o que não ficou definido foi à tática individual. Alguns atletas foram envolvidos como o primeiro volante.

15. Dinâmica de jogo (fases).

Jogou de maneira cadenciada o jogo todo.

a. Sequência de gols feitos;

Não fez gol.

b. Sequência de gols tomados:

Primeiro gol: zagueiro central direito fez a cobertura do zagueiro central esquerdo por dentro, conduziu a bola pela lateral, tentou proteger e foi desarmado. A bola foi direcionada a um companheiro que chutou de primeira pra fazer o gol;

Segundo gol: Ataque da equipe adversária pelo lado direito com o lateral direito. Dá intermediaria ofensiva inverteu a jogada para a entrada do atacante que tocou cruzado de primeira para fazer o gol.

16. Bolas paradas:

a. Faltas laterais, frontais e escanteios, quem bate?

Lado direito e esquerdo ofensivo: Junai;

Rebote ofensivo: segundo volante e lateral direito.

b. Pênalti.
Neste jogo não foi assinalado.

17. Perfil da Equipe: Apesar de possuir atletas altos, pratica um jogo técnico. Procura manter a posse de bola. Tentaram envolver a equipe adversária com toque de bola. As jogadas foram centralizas em dois atletas: Junai e no lateral direito. Nesta partida tiveram total liberdade para atacar.

Imagem 1: Posicionamento defensivo da equipe verde, com 4 linhas.


Imagem 2. Posicionamento ofensivo da equipe Verde, também com 4 linhas.






Abraços

Fonte:

A Estratégia Bourne - Observação e controle

Décimo terceiro artigo da série "A Estratégia Bourne". Por Cleber Romero.