Assistindo o jogo entre a Seleção da Espanha e a
Seleção Irlandesa, a facilidade com que os Espanhóis fizeram os quatro, o
volume de jogo que tiveram pressão no campo adversário, toque de bola, gols a
minha pessoa não causa estranheza. É uma seleção treinada para jogar futebol. A
primeira pergunta que vem a mente de muitos aficionados pelo esporte de maior
notabilidade no mundo é como parar está seleção?
Por
mais que a Irlanda tentasse, em hipótese alguma iria conseguir, para mim ficou
claro um grande detalhe e entendo como primordial: "a seleção espanhola
joga futebol na sua essência", o que não é o caso da Irlanda. Infelizmente
para os amantes do futebol, aos atletas da seleção Irlandesa foi apresentada
uma filosofia em que a técnica do futebol não seria essencial. A eles foi
ensinado: “força, raça, amor ao país”. Isso também está incluído no futebol,
mais porque essa falta de técnica? O que será que povoa a mente dos técnicos
Irlandeses?
Em
qualquer esporte o atleta precisa ser apresentado ao que melhor existe que é o
domínio da técnica, se o desejo do atleta é de destacar, então evolua sua
técnica.
Embasado em principios claros, o que a Seleção Espanhola vem apresentando há 10, não tenho receio em afirmar: "a seleção Espanhola foi
ensinada a arte de jogar futebol" e os técnicos Irlandeses apresentaram a seus atletas outro tipo
de paradigma, que na verdade não é futebol. Que me perdoem os Irlandeses o que irei afirmar: “o que a seleção da Irlanda
pratica no momento atual não se chama futebol”.
Enquanto
a seleção Espanhola troca passes com precisão, reinventa o jogo, torna a concepção de jogo um gesto simples, onde o grupo é a estela do jogo, a seleção Irlandesa, joga um futebol
individual.
Outro detalhe: e o sinônimo de marcação no futebol qual é? Ficar
no campo defensivo, acuado, dando chutão, carrinho, produzindo faltas? Se isto
for verdade, a Irlanda participa de uma grande mentira! Nem marcar consegue,
tomaram quatro gols e poderiam ter tomado mais.
Uma
cena me deixou pensativo: a postura do técnico Irlandês (Giovanni Trapattoni), treinou os principais clubes do futebol Italiano como: Juvenu, Milan e Inter de Milão. Foi técnico da Seleção Italiana no mundial de 2002 e Eurocopa em 2004, assistia o jogo atônico,
impotente, totalmente desarmado, e com uma realidade estampada em seu rosto: “não
poderia fazer nada”.
Naquele
momento era o menos culpado, não que os atletas sob seu comando também o
tivessem, simplesmente eles não possuiam as mesmas armas do adversário, ou seja, "futebol". A eles restou apenas fazer "atletismo", uma modalidade individual.
É
uma realidade inconteste, se nada der errado, a seleção Espanhola será bi
campeão da Eurocopa e bi campeão mundial em 2014 no Brasil. Se há uma favorita
disparada todos conhecem.
Abraços