segunda-feira, 14 de março de 2011

Técnico Muricy traça meta ambiciosa para o Fluminense: ganhar tudo

Comandante lembra que não dá para pensar na classificação dos adversários e diz: 'Não é como no vôlei, que o bom ganha'.
Por Diego Rodrigues - Rio de Janeiro

 Depois dos últimos resultados (empate com o Prudente e derrota para o Santos, em casa), o Fluminense já não tem mais uma sequência de resultados "programados" na cabeça. Sem distinção entre a parte de cima e a parte de baixo da tabela, o técnico Muricy Ramalho resolveu traçar uma meta ambiciosa:



 
Muricy Ramalho em treino do Fluminense

                                                            (Foto: Agência Photocâmera)

Na opinião do treinador, como as equipes estão no mesmo nível, é difícil apontar um favorito. Ele lembra inclusive o seu tempo de jogador para comparar as duas épocas e argumentar sobre a tese de que todos adversários são difíceis.

- Hoje não tem diferença. Antigamente tinha. Não é como vôlei, que o bom ganha. O futebol mudou. Hoje é muito competitivo e o que igualou é a parte física. Todos estão fortes fisicamente e as equipes não têm muita diferença. Hoje não existe um supercraque. No meu tempo, quando a coisa estava feia, dava para o Zico, por exemplo, que ele resolvia. Agora é mais coletivo. E no coletivo todos se igualam, por isso não pode cravar um time favorito.

- Ainda faltam dez jogos. Não é decisivo, é importante. É um adversário que joga para o título e o Fluminense vai preparado.


Fluminense promete R$ 1 milhão ao elenco pela conquista do Brasileiro


Vitórias valem R$ 40 mil, com bônus de R$ 20 mil em partidas decisivas, como contra o Cruzeiro, neste domingo em Uberlândia, pela 29ª rodada.

Quanto vale um título? No Fluminense, o “preço” da conquista do Brasileirão já está estipulado: R$ 1 milhão de bicho para dividir entre jogadores, e comissão técnica, de acordo com a participação nas partidas. O valor é o mesmo da premiação pela permanência na primeira divisão em 2009 e tem como origem o "patrocinador".


O elenco tem recebido também gratificações rodada a rodada. O bicho pago por vitórias é de R$ 40 mil, com aumento para R$ 60 mil em partidas consideradas decisivas, como contra o Cruzeiro, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Parque do Sabiá, em Uberlândia, pela 29ª rodada. Empates são premiados também apenas em partidas “especiais”, com redução de 40% do valor da vitória. Ou seja, R$ 36 mil.


'Robinho era o jogador certo na hora errada', diz ex-técnico do City

Mark Hughes analisa período de transição do clube de Manchester após compra por árabes e afirma que sentiu falta de apoio da nova diretoria.
09/10/2010 09h34 - Atualizado em 09/10/2010 11h21

Demitido em dezembro do ano passado, o técnico Mark Hughes concedeu neste sábado uma longa entrevista ao jornal "Daily Mail" sobre sua passagem pelo Manchester City. O galês foi responsável por comandar a equipe na mudança de donos e viu chegar Robinho em 2008 como a contratação mais cara da história do futebol inglês. Para o treinador, a pressão sobre o brasileiro foi muito grande.


Robinho é até hoje o jogador mais caro da história
                                           do futebol inglês (Foto: Getty Images)

O ex-santista trocou o Real Madrid pelo City por 32,5 milhões de libras (R$ 86 milhões) no mesmo dia que o sheik Mansour bin Zayed Nahyan, dos Emirados Árabes, comprou o clube do tailandês Thaksin Shinawatra. Somente na temporada 2009/2010 novas estrelas chegaram, como Adebayor.

- Robbie era o jogador certo na hora errada do desenvolvimento do clube. Ele não foi o único a sofrer por estar em um clube em transição. Algumas pessoas não reajem bem às mudanças - disse Hughes, atualmente no Fulham.

Mark Hughes, ex-técnnico do Manchester City.

- Em algumas oportunidades, eu precisei de apoio e não tive. Nós empatamos muitos jogos, muitos. Mas éramos um time em formação. Eu sabia que não tinha muito tempo para acertar, pois eles estavam querendo uma desculpa para mudar tudo. O presidente, Khaldoon Al Mubarak, um dia fez uma visita surpresa e estava claro que iriam me demitir. Mas ganhamos do Arsenal e do Chelsea... Só depois que perdemos para o Tottenham... Eu não era o homem deles, não fui escolhido por eles - concluiu.

O técnico foi demitido em 19 de dezembro de 2009 logo após uma vitória do City sobre o Sunderland por 4 a 3. Logo em seguida, a diretoria acertou a contratação do italiano Roberto Mancini, que ainda está no comando da equipe - sem Robinho, negociado com o Milan, e com o argentino Carlitos Tevez como principal estrela.




‘Eu me sinto mais brasileiro no Haiti do que aqui’, diz técnico da seleção

Edson Tavares é outro a não saber explicar paixão do povo pelo futebol canarinho. Até suicídio foi registrado no país durante a Copa do Mundo


Talvez o Rei Pelé e o time de 1982 tenham sido os grandes precursores, e as gerações de Romário e, principalmente, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, com o “Jogo da Paz” de 2004, as responsáveis por ratificar o sentimento de paixão dos haitianos pelo futebol brasileiro. Ou possivelmente a grande ajuda das tropas brasileiras, que diminuíram drasticamente os conflitos sociais e políticos no país. Tudo é fruto de apenas uma especulação baseada na história e nos craques e títulos das últimas seleções, pois ninguém sabe, de fato, quando começou tamanha fixação.


A camisa amarela não é da Seleção Brasileira, mas bem que poderia: técnico Edson Tavares ficou surpreso ao ver a paixão e fixação pelo futebol brasileiro ao desembarcar no Haiti (André Durão / Globoesporte.com)

Não há exageros. Durante a última Copa do Mundo, na África do Sul, o Haiti viveu momentos de alegria e tristeza absolutos. Comemorações uniformizadas nas ruas com a classificação sobre o Chile e até casos de suicídio após a eliminação para a Holanda foram registrados.



No Rio de Janeiro para um período de treinos com a seleção após um mês no país, o técnico brasileiro Edson Tavares admitiu que é no outro continente onde se sente patriota, mesmo com tanta desolação depois do terremoto de sete graus que devastou os lares haitianos em janeiro.

– Todos os dias tinham tiroteios entre gangues, era desgraça atrás de desgraça, 30 a 40 mortos… Na hora que a tropa brasileira chegou só se falava nisso. Foi assim que a ONG Viva Rio entrou e os organismos brasileiros têm entrado lá. Mas não será tão cedo que vão mudar aquilo lá. O “Jogo da Paz” de 2004 foi uma felicidade instantânea para eles. E terão o mesmo sentimento quando qualquer equipe brasileira for para lá. Falou em Brasil é garantia de 100 mil espectadores no estádio. Lá é impressionante. Eu me sinto mais brasileiro lá do que aqui. Tem até equipe lá que é verde e amarela em homenagem... – disse Tavares.

O treinador ressaltou a importância do país para o povo haitiano e pediu mais atenção dos brasileiros.


– A CBF tinha que levar alguém lá para ver o que é a importância do futebol brasileiro no exterior, para poder qualificar nossa mão de obra aqui e ver o mercado que nós perdemos. Antigamente tínhamos 20 treinadores no Japão, agora são 1 ou 2. O mesmo vale para Arábia, Emirados Árabes e Qatar. O Brasil está só perdendo, e enquanto olharmos para o nosso nariz não iremos evoluir – afirmou.


A delegação se completa com o chefe Garry Nicolas, um dos cinco vice-presidentes da federação de futebol do Haiti e funcionário público. Um dos maiores entusiastas do futebol brasileiro, ele também não soube explicar por que há tanta adoração.

Vice-presidente da Federação de Futebol do Haiti, Garry Nicolas
é mais um fã dos brasileiros (André Durão)

– Não sei como isso surgiu. Para você ver, após a eliminação do Brasil na Copa, cinco torcedores morreram, alguns se suicidando e outros em luta contra torcedores da Argentina. Lá 80% do povo torce para o Brasil e o resto se divide entre Argentina, Alemanha, Holanda e agora a Espanha, por conta do título com um estilo parecido do brasileiro – contou.


Lutador de caratê, Garry se disse ainda fã do zagueiro Lucio, “forte no ataque e na defesa”.
– O meu jogador brasileiro preferido é o Lucio por isso (risos). Mas também tenho o Ronaldinho Gaúcho como ídolo, tenho guardada até hoje a sunga que ele me deu no vestiário após o jogo em 2004 – encerrou, sem precisar justificar o gesto. Que, pelo menos nas próximas três semanas, enquanto a seleção haitiana estiver no Rio se preparando para a pré-Copa Ouro, este sentimento seja recíproco.


Animado com reforma do futebol no Haiti, técnico acredita em surpresas
Após tragédia que devastou o país, Edson Tavares vê ‘Projeto-2014’ com bons olhos, apesar de todas as dificuldades: ‘Vida de treinador é 90 minutos’.

Uma obra triste do destino colocou o técnico Edson Tavares no caminho do Haiti. Por conta do terremoto de sete graus que chocou o mundo e arruinou o país em janeiro, a Federação de Futebol, em parceria com a ONG Viva Rio, optou por dar chance aos brasileiros no comando - é assim também na seleção feminina. O treinador, que até pensara em abandonar o esporte, em 2007, pediu demissão de seu clube no Omã e aceitou o desafio.


Não está apenas no bigode a semelhança de Edson Tavares com René Simões
(Foto: André Durão)



Abraços

Fonte:

www.globo.com/esporte
www.ig.com.br
www.lancenet.com.br
www.estadao.com.br/esporte






















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