OPINIÃO:
A ciência e o esporte sempre andaram
lado a lado, hoje com a exigência acentuada no esporte, precisam andar de mãos
dadas. O atleta precisa estar pronto para ontem, não para amanhã. O UFC, MMA,
vem dando show ao tentar elevar o nível de competição dos seus atletas sem
dopa-los. Como um esporte que exige tanto do atleta pode ter um campeão indiscutível
como Anderson Silva? Este atleta tem 36 anos e compete como se tivesse 25 anos,
tal a força e agilidade. Vitor Belfort com a mesma idade apresenta um vigor
físico que impressiona e ambos nem pensam em se aposentar.
Com a terapia de reposição de
testosterona (conhecida como TRT) liberada pela comissão antidoping do UFC,
deixa o atleta sempre apto a competir. E o médico foi enfático ao afirmar que o
UFC está à frente das outras modalidades esportivas. Acompanhe a reportagem.
Depois de boatos e desmentidos, o UFC confirmou que Vitor Belfort utilizou durante sua preparação para a luta contra Michael
Bisping em São Paulo, a terapia de reposição de testosterona (conhecida como
TRT). Há muita polêmica em torno do tratamento porque, em outros esportes, esse
tipo de medicação hormonal é considerado doping.
No entanto, já há muitos anos, o UFC libera para que seus
atletas façam uso do TRT, desde que eles tenham prescrição médica e peçam
previamente autorização para as comissões atléticas. Além disso, esse tipo de
tratamento serve para quem tem baixos níveis de testosterona e os lutadores que
fazem uso da terapia precisam apresentar níveis normais no antidoping.
Vitor Belfort reposição de TRT
Para tentar explicar essa polêmica – já que muitos atletas, mesmo
sabendo que o TRT é permitido, reclamam de quem utiliza – o blog conversou com
Márcio Tannure, médico-chefe do UFC no Brasil, para ele falar como funciona
esse tratamento para lutadores e por que essa reposição hormonal não é
considerada doping no maiores evento de MMA do mundo. Márcio Tannure,
médico-chefe do UFC no Brasil, em entrevista exclusiva para o blog de Jorge Corrêa,
como funciona esse tratamento para lutadores e por que essa reposição hormonal
não é considerada doping no maior evento de MMA do mundo.
Esse tratamento é apenas para atletas ou para qualquer pessoa?
Por que alguém faz uso dele? Isso não é uma questão de ser atleta
ou não, é para pacientes no geral. Por conta de alguns motivos, como idade e
hipogonadismo, que é o caso do Vitor, algumas pessoas têm um nível de
testosterona abaixo do normal. A terapia de reposição de testosterona é o
tratamento clínico para esse tipo de doença. O TRT é para que a pessoa tenha
índices normais do hormônio.
Quais são os sintomas desse problema de saúde? A queda do nível de testosterona causa no paciente baixa
resistência, depressão, distúrbios de humor, problemas com o sono, queda da
libido e fadiga. Isso é um problema para qualquer homem, atleta ou não. Claro
que todos esses sintomas afetam o treinamento e o desempenho de um lutador de
altíssimo nível, como são os de MMA.
Por que o UFC libera o uso de TRT, enquanto em outros esportes
ele é considerado doping? O UFC permite seu uso para manter o
princípio básico da desportividade, que é dar condições iguais aos
competidores. Um atleta com baixo nível de testosterona não terá o mesmo
desempenho de quem tem níveis normais do hormônio. Quem usa doping, quem faz
uso de qualquer substância para de dopar, obtém uma condição superior em
relação ao seu adversário. Aqui, queremos dar uma condição igual. Também
fazemos testes para quem usa TRT e o lutador precisa estar dentro do nível
correto, senão será punido.
Você acha que o TRT poderia ser utilizado em outros
esportes? Em
minha opinião, o UFC está à frente dos outros esportes ao liberar o TRT. Em
qualquer outra modalidade, eles generalizam o uso de hormônio como doping,
mesmo que o atleta venha a ter uma prescrição médica para o uso clínico dele.
Também há a questão do tempo, a agência internacional antidoping (WADA) diz que
não teria tempo de desenvolver a documentação necessária, pela quantidade de
testes que ela precisa fazer.
Quais são as vantagens de se liberar o uso de TRT para
atletas? Para
mim, é necessário abrir essa exceção, para aumentar a vida útil dos atletas de
alto rendimento. Muitos se aposentam porque têm diagnosticado o baixo nível de
testosterona e não podem se tratar. O TRT proporcional mais saúde para os
atletas e, com isso, uma carreira mais longa.
Fonte: http://nagradedomma.blogosfera.uol.com.br/2013/02/08/entenda-por-que-a-polemica-reposicao-hormonal-como-a-de-belfort-nao-e-doping-no-ufc/
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