quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Jamaicana campeã olímpica é suspensa por doping

MONACO - A velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser, campeã olímpica em 2008 e mundial em 2009 nos 100 metros rasos, foi suspensa por seis meses nesta quarta-feira pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), após ser flagrada em um exame antidoping no fim de maio.

A velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser

Como foi previamente suspensa em junho, Fraser já está afastada das pistas há pouco mais de três meses. Assim, ela precisa cumprir apenas o restante da punição e, assim, estará livre para voltar a competir a partir do dia 8 de janeiro do próximo ano.

Na etapa de Xangai da Diamond League, em maio, a velocista jamaicana de 23 anos testou positivo para oxicodona, um analgésico utilizado para combater as dores. Após o doping ser anunciado, Fraser admitiu que tomou remédio para aliviar uma dor de dente.


Revelação do atletismo brasileiro é flagrada no doping

Uma das maiores revelações do atletismo brasileiro, Geisa Rafaela Arcanjo foi flagrada no exame antidoping e está suspensa preventivamente até o julgamento do caso. Confirmado oficialmente apenas nesta terça-feira, o resultado positivo foi detectado durante a disputa do Campeonato Mundial Juvenil, no dia 20 de julho, na cidade de Moncton, no Canadá, quando ela conquistou a medalha de ouro no arremesso de peso.

Geisa, de 18 anos, admitiu ter ingerido produtos para emagrecimento.
Segundo a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), a substância proibida encontrada no organismo de Geisa foi a hidroclorotiazida. A jovem atleta, de apenas 18 anos, negou o uso de doping, mas admitiu ter ingerido "produtos para emagrecimento (chá verde e óleo de cártamo)" sem o conhecimento dos treinadores e médicos com quem trabalha.

Como a Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) não aceitou as explicações da brasileira, foi realizada a contraprova, que comprovou o resultado positivo do exame antidoping. Diante disso, a CBAt oficializou nesta terça-feira a suspensão provisória de Geisa, que pode ser afastada por até dois anos se for condenada.

Quando conquistou a medalha de ouro no Mundial Juvenil, ao atingir a marca de 17,02 metros na final da prova no Canadá, a paulista Geisa Rafaela Arcanjo surgiu como esperança de renovação no atletismo brasileiro. Tanto que ela vinha treinando no centro de excelência da CBAt, em Uberlândia (MG), e já sonhava com vaga na Olimpíada de Londres, em 2012.

O médico Eduardo de Rose, especialista em doping, opinou sobre o caso Geise. De acordo com ele, o caso da medalhista de ouro do arremesso de peso no Mundial juvenil, em julho, no Canadá, é semelhante ao da ginasta Daiane dos Santos, e não serviu para favorecer a performance da atleta.

- O caso atual é o mesmo da Daiane. Há suplementos que às vezes são tomados por equívocos, mas são suplementos que não favorecem a performance delas. Como diuréticos, são substâncias que não são punidas severamente. Ela deve receber uma punição menor. É triste para nós. Esses atletas, pelo nível que têm, deveriam ter o acompanhamento de um médico especializado. Às vezes, esses casos que surgem como doping são na verdade contaminações. Isso com certeza ou foi suplemento ou um tratamento - disse o médico, em entrevista ao programa "Redação", do SporTV.

No entanto, Geisa deverá perder a medalha de ouro do Mundial. Segundo De Rose, o regulamento deixa isso claro.

- Infelizmente, ela vai perder. O que falo é em termos de punição, isso não é uma coisa que vá deixá-la fora por dois anos, talvez por seis meses, como foi com a Daiane.


Envergonhado em 2009, atletismo já pensa grande para os Jogos de 2016

02/10/2010 12h10 - Atualizado em 02/10/2010 12h10



Técnicos apostam em Thiago Braz, Caio dos Santos e Ana Claudia Lemos
Por João Gabriel Rodrigues
São Paulo

Com 14 medalhas olímpicas (quatro de ouro, três de prata e sete de bronze), o atletismo brasileiro observou acanhado a festa em Copenhague, há um ano, quando o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos de 2016. Em 2009, a modalidade viveu a maior crise de sua história, com cinco atletas suspensos e excluídos do Mundial por doping. Na cerimônia na Dinamarca, porém, a jovem Barbara Leôncio já indicava o caminho da recuperação. Hoje, outros três atletas também recebem os holofotes e são tratados como esperança de conquistas daqui a seis anos.
Thiago Braz no Troféu Brasil: promessa brasileira no salto com vara
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)


Thiago Braz e Caio dos Santos, de 16 e 17 anos, tornaram-se conhecidos após trazerem de Cingapura, dos Jogos da Juventude, três medalhas (uma de prata para Thiago, no salto com vara, e duas de ouro para Caio, no salto em distância e no revezamento 4x100m das Américas). Ana Claudia Lemos tem um pouco mais de idade: 21 anos. Indiretamente, esteve ligada ao escândalo de doping de 2009, ao ser acusada de ter dedurado as outras atletas envolvidas. No entanto, superou a desconfiança e hoje é o principal nome feminino das provas de velocidade, recordista sul-americana nos 100m livre.

Em 2016, Thiago e Caio ainda serão jovens (22 e 23 anos, respectivamente). Os dois estão sendo preparados para chegar à disputa com chances de lutar por uma medalha. Técnico de Thiago e de Fabiana Murer, Elson Miranda diz que as conquistas do rapaz em 2010 só valerão a pena se ele brilhar nos Jogos do Rio.

O próprio Thiago sabe que sua preparação tem Rio-2016 como objetivo.

- No nosso trabalho, é difícil traçar metas. Mas eu trabalho para 2016. Vou ter 22 para 23 anos. E acho que vai dar para estar entre os oito melhores. Tem que acontecer naturalmente.

Primeira meta é Londres

Caio é outro que tem por trás um técnico vitorioso. Nélio Moura, que também trabalha com a campeã olímpica Maurren Maggi, acredita que o saltador, dono do recorde brasileiro de menores (7,84m), é uma das maiores promessas do atletismo nacional.

Caio dos Santos: 'Quero brigar por medalhas'
                                                             (Foto: Divulgação / CBAT)

- Tenho certeza de que é uma das maiores promessas do atletismo brasileiro. Ele já estava demonstrando há tempos que pode ir longe. Ainda tem uma avenida grande para desenvolver, dos pontos de vista físico e técnico. Mas até isso é impressionante: ser tão novo e já ter resultados tão expressivos – afirmou Nélio.

Caio é outro que tem por trás um técnico vitorioso. Nélio Moura, que também trabalha com a campeã olímpica Maurren Maggi, acredita que o saltador, dono do recorde brasileiro de menores (7,84m), é uma das maiores promessas do atletismo nacional.

- Tenho certeza de que é uma das maiores promessas do atletismo brasileiro. Ele já estava demonstrando há tempos que pode ir longe. Ainda tem uma avenida grande para desenvolver, dos pontos de vista físico e técnico. Mas até isso é impressionante: ser tão novo e já ter resultados tão expressivos – afirmou Nélio.

A meta do garoto já é estar em Londres, daqui a dois anos. Para ele, porém, uma medalha só passa a ser algo possível no Rio.

- Pretendo competir em Londres, mas não para ganhar medalhas. Em 2016, a história muda. Mas é muito cedo para pensar como vai ser. Espero estar saltando por volta de 8,50m. E quero brigar por medalhas - avisa.

Ao contrário de Thiago e Caio, Ana Claudia deve estar em seu ápice profissional em 2016. Seu técnico, Katsuhico Nakaya, acredita que, até lá, ela estará entre as melhores do mundo.

Ana Claudia Lemos: 'Quero muito poder representar o meu país'
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

- Provavelmente, ela vai estar em sua forma ideal em 2016, bem mais madura. O atleta não precisa apenas saber como correr, mas a ter controle. Quando o Usain Bolt corre, parece que ele está brincando. Ele consegue isso porque sabe controlar a ansiedade, a parte emocional. Se ela souber fazer isso, vai estar entre as melhores. A gente espera que, em 2012, ela já consiga correr abaixo dos 11s, o que a levaria à final olímpica, um feito inédito para o Brasil. Mas o ideal ela vai alcançar em 2016.

Abraços

Fonte:






























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