domingo, 9 de janeiro de 2011

Didática do treino

A palavra didática ou didáctica vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da didática moderna, e um dos maiores educadores do século XVII.

Professor é uma pessoa que ensina uma ciência, arte, técnica ou outro conhecimento. Para o exercício dessa profissão, requerem-se qualificações acadêmicas e pedagógicas, para que consiga transmitir / ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno.

É uma das profissões mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela.

Aluno pode ser atleta de futebol é o indivíduo que recebe informação de um ou vários professores para adquirir ou ampliar seus conhecimentos.



Por vezes, usa-se o termo aluno como sinônimo de estudante, uma pessoa que se ocupa do estudo, relativa a um aprendizado de qualquer nível. No entanto, o estudo pode ser uma atividade individual, sem recurso a professores. No futebol existe a necessidade do técnico treinar e implantar seu método de trabalho.

Em sentido figurado ou metafórico, porém, aluno significa simplesmente “discípulo”, “aluno” ou “pupilo”, alguém que aprende de forma coletiva em estabelecimento de ensino, neste caso o futebol de campo, pela mediação de um ou vários professores (técnicos de futebol) (FARIA Ernesto. Dicionário escolar latino-português. MEC, 1962). “A tática no futebol é ensinada em campo e pode ser: tática individual ou coletiva”.

A tática individual diz respeito quando o técnico orienta o seu atleta a se posicionar de maneira correta, fazendo a cobertura de seu companheiro, marcação por setor, marcar o adversário de maneira individual, isso sem a posse de bola. Com a posse de bola, exercer a mesma função de cobertura só que no ataque, abrir espaço para o companheiro penetrar, fazer ultrapassagem para levar a marcação adversária, fazer marcação pressão em determinada faixa de campo, compactar sua linha de atuação, setorizar ou fazer movimentação de acordo com o que foi estabelecido pelo técnico.

A tática coletiva pode ser exercida em algumas linhas: linha 1) marcação no ataque adversário ou pressão alta; linha 2) marcação na zona intermediária para trás ou meia pressão, pode ser por setor ou individual por setor; linha 3) marcação do meio de campo para trás ou pressão baixa. Ela também pode ser por setor ou individual por setor.

“A questão de marcar individual por setor é o seguinte: quando determinado atleta adversário entra na zona 3 defensiva, ele recebe marcação forte e individual naquele espaço de campo e não poderá sair com a bola dominada ou executar jogada que possa resultar em gol para sua equipe, como se diz na giria do futebol: não pode pensar”.


Quanto à palavra estudante (do verbo estudar), ela designa o indivíduo que se empenha em algum tipo de estudo, estudar e entender o jogo e a tática do futebol. Sugere pessoa independente, que busca a especializaçao por conta própria e com ajuda dos técnicos que trabalham no futebol.

Notem que, enquanto o conceito aluno aponta para a dependência e passividade; o segundo sinaliza autonomia e atividade. É preciso reconhecer que, em algumas fases de aprendizado (infantil, juvenil, juniors), atuando como alunos; embora exista a fase superior (profissional). Mas não é preciso ter preconceito pela palavra “aluno”; ela é, de longe, a mais comum em contexto de sala de aula. Além disso, os termos não são antagônicos nem excludentes. Afinal de conta, o sonho de todo professor (técnico) é que seus “alunos” (jogadores de futebol) se tornem “craques”. A pedagogia moderna se esquiva do problema empregando apenas o termo “educando”.





O ensino da tática coletiva


Para uma introdução sobre a ação ofensiva no jogo de futebol é preciso entender um pouco sobre os conteúdos táticos coletivos, os quais se apresentam como uma coordenação ou organização das ações dos jogadores sejam elas de caráter individual ou coletiva, mas que geram uma representação coletiva dentro da estrutura ofensiva ou defensiva.

Primeiramente para que as ações ofensivas e o treino específico para o ataque ocorram de forma eficiente é necessário que a equipe já tenha uma noção das ações defensivas, como coberturas, bloqueios, trocas, sistemas, zonas de defesa, para que as ações ofensivas consigam ter um embasamento de acordo com a defesa imposta pelo adversário.

A ação ofensiva é muito dependente da leitura que a equipe e seus jogadores têm do jogo como um todo. Muitas das ações e respostas advêm dessa interação entre ataque e defesa, e nas suas ações ofensivas a equipe deve estar preparada para as possíveis mudanças e estratégias adversárias.

Em um primeiro momento, os atletas tem que aprender que: para atacar é necessário estar com posse da bola, fazem parte do ataque quem participa da ação ofensiva. Os atletas precisam entender que grande parte das ações ofensivas ocorre sem a bola, dando opção para receber o passe ou lançamento do companheiro. Mas como fazer nossos atletas entenderem isso?

Segundo Anton (1998) algumas formas de ataque podem ser construídas durante o Jogo livre ou durante o Jogo dirigido (ou direcionado). No jogo livre, os alunos permitem-se atacar de forma mais criativa, e as respostas para as ações acontecem de acordo com as propostas e atitudes defensivas da equipe adversária, neste aspecto há o desenvolvimento da leitura, observação e criatividade. Já no jogo dirigido, as ações podem ser voltadas para o jogo posicionado, circulante ou o “criado”, voltado para as respostas possíveis durante as ações dos jogadores. Nestes processos de aprendizagem, com jogos livres e dirigidos há liberdade de criação, descoberta e reconhecimento dos diferentes conteúdos.

A seguir, um quadro proposto por MOLINA (2006, p.55) que reflete a estrutura para ensino através dos jogos ofensivos citados acima, as quais demonstram algumas formas para estruturar o treino cujo objetivo está focado na ação ofensiva de seus jogares, com suas vantagens e desvantagens (na visão do autor):

Neste sentido, quando já estruturado as condições do jogo proposto para o treino, o professor pode criar situações em que as intenções táticas, meio e sistemas possam estar presentes, fazendo com que os alunos atletas possam passar de um princípio a outro mais facilmente, sempre em função dos acontecimentos.

Suas ações estarão baseadas tanto na ação individual ou coletiva, as quais irão desencadear um sistema de jogo e de organização tática, sem limitar a prática e a criatividade dos atletas.

Por exemplo, poderíamos ter um treino em que as ações ofensivas são “rotuladas”, ou seja, há uma predeterminação das ações, porém essa “determinação” não pode tirar do atleta a liberdade de modificar as ações de acordo com a leitura realizada durante o jogo. Uma maneira seria colocar objetivos diferentes, como entrar na área para realizar uma finalização e fazer o gol. Neste caso, regras como limitar o ganho do ponto somente quando há a entrada na área e acontecer o gol, logo ficariam determinadas as ações de penetração. O jogo é definido para a ação ofensiva a qual se pretende trabalhar, sem que a imprevisibilidade deixe de estar presente na atividade.

Ou então, podemos usar o jogo posicionado e o jogo livre na mesma unidade de treino. Primeiro poderíamos fazer em um espaço reduzido, definido com cones e a ação ofensiva sendo unilateral, ou seja, um jogo de 3×3 mais o goleiro, onde um terceiro só ataca e o outro só defende, e após um tempo determinado a situação se inverte. Nesta parte, o técnico irá atuar orientando as trajetórias e respostas, bem como colocando situações possíveis de acontecer durante o jogo, além das próprias situações geradas pelo jogo em si. Após esta orientação o treino passa por diversas situações problemas que possa existir, o treino volta para o jogo livre, onde permanece o 3×3, com o espaço lateral do campo reduzido, porém com a estrutura de ataque, transição e defesa livres para que os jogadores possam vivenciar as ações de forma mais autônoma.

Enfim, a tática é trabalhada com atividades que se aproximem ao máximo da execução final do jogo, ou seja, da situação de competição, pois é nesta situação que todo o aprendizado do aluno atleta será aplicado, que todo o seu sistema de lógica do jogo será formado, e para que isso ocorra de maneira eficiente às ações táticas individuais e coletivas precisam estar o mais próximo possível (dentro dos níveis de referencia do aprendizado de cada atleta e equipe ou categoria) do jogo formal.


Abraços

Fonte: www.wikipédia.com.br. Enciclopédia lvre da internet.


















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