Alguma coisa mudou no futebol brasileiro e parece que pra melhor. Depois da conquista da Espanha na África do Sul, jogando sempre pra frente, com três atacantes, com técnica e habilidade, a postura da seleção Holandesa também com três atacantes, a equipe do Santos sempre atacando, os técnicos que dirigem as equipes brasileiras começaram a colocar suas equipes no ataque.
O Internacional de Porto Alegre não se intimidou em jogar no México contra o Chivas. Marcou a saída de bola, colocou duas bolas na trave e mostrou um futebol técnico. Celso Roth aproximou as linhas, e ao invés de trazer Taison, Alecssandro e D’alessandro, adiantou os dois zagueiros Bolívar e Índio, a sua dupla de volantes Sandro e Guiñazu e fez a equipe do Chivas jogar na defensiva. Com esta postura, desarmava com facilidade a equipe local o que sempre lhe proporcionava atacar. A aproximação e ultrapassagens pelos lados do campo eram constantes com Nei pelo lado direito e Kleber pelo lado esquerdo.
Giuliano numero 11 marcou o primeiro gol do Internacional.
O Internacional variava a maneira de jogar quando estava no ataque, usava duas estratégias: 1) D’alessandro ficava posicionado pelo lado direito, Alecssandro centralizado (Everton) e Taison pelo lado esquerdo: o meio campo com Guiñazu, Sandro e Giuliano ou seja, um autentico 4-3-3 a moda antiga com Giuliano e D’alessandro com liberdade para criar sem guardar posição e quando estavam sem a posse de bola, voltavam marcado no setor que estavam. Dessa maneira não confundiam o posicionamento dos dois volantes que davam suporte para o quinteto ofensivo do Inter. Alguns anos atrás era humanamente impossível imaginar o Inter de Porto Alegre jogar de uma maneira ofensiva e que Celso Roth armasse sua equipe desta maneira.
2) Esse mesmo 4-3-3 sofria variação para o 4-4-2 com o quadrado tradicional formado com: Sandro, Guiñazu, D’alessandro e Giuliano, com Alecssandro e Taison na frente. Essa variação tática permitia confundir o sistema de marcação do Chivas, e o mais importante: a equipe gaúcha não perdia a compactação, e desta forma o Chivas não contra atacava.
Bolívar ao centro, marcou o gol da vitória contra o Chivas.
Quando o Internacional estava sem a posse de bola e não utilizava o 4-3-3; 4-2-4, 4-4-2 ou o 4-5-1, estratégias diferentes para bloquear a penetração dos meias e atacantes Mexicanos.
Mesmo com a placar favorável a equipe do Internacional não recusou sua linha da frente. Rafael Sobis entrou no lugar de Everton e Wilson Matias no lugar de Taison o que deixou a equipe do Internacional sempre preparada para finalizar. O resultado foi bom para o Chivas, se o jogo terminasse 3 a 1 ou 4 a 1 para o Internacional seria normal. Os gaúchos estão próximos do título e como o seu técnico parafraseou após o jogo: não é hora de comemorar.
Abraços.
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