Entrevista com Alex Sabino PARTE I
Conheci Alex fazem três anos, e estando ao seu lado no dia a dia, percebesse como é simples conviver com este ser humano. Sei da empatia que exerce sobre os outros atletas. A maior prova desse respeito são: as brincadeiras, as orientações e o aumento acentuado de de para-atletas que estão treinando sob sua orientação. As modalidades a saber: deficiente visual, ambulante, intelectual e velocidade sobre a cadeira. Vou citar alguns exemplo do respeito que os técnicos mais experientes tem por Alex: Boni o indicou para treinar a escolinha de desporto (iniciação). Não é qualquer um que pode exercer essa função; pela personalidade que o técnico Hilário possui, não treinaria um falso amigo; Rodrigo Alvarenga não colocaria em risco a integridade de sua família, no entando acolheu Alex em sua residência e o tratava e trata como irmão. São exemplos que fazem de Alex unanimidade no atletismo de Araraquara. Por possuir responsabilidade, que apesar de ser jovem sua transição de atleta para técnico já começou. Alex foi convocado para integrar a comissão técnica da Seleção Paulista Paraolímpica escolar. Com várias funções é natural que apareçam dilemas: continua se dedicando como atleta para melhorar sua marca, ou mantém esta marca estabilizada e tenta fazer história com seus para-atletas.
Neste bate papo descontraído, Alex fala com clareza o que pensa de: apoio a sua categoria e aos para-atletas, estrutura e amizade. Antes da entrevista, uma breve descrição do Atletismo. A entrevista com Alex Sabino ficou extensa, vou reproduzi-la em partes para melhor entendimento.
Descrição dos Jogos Paraolímpicos
Os Jogos Paraolímpicos é um evento desportivo de múltiplos desportos, equivalente aos Jogos Olímpicos, com provas restritas a atletas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais. Inclui atetas com deficiência de mobilidades, amputações, cegueira e parasilia cerebral e deficientes mentais (excluidos a partir de 2000). Os Jogos paraolímpicos ocorrem a cada quatro anos, após os Jogos Olímpicos, e são geridos pelo Comite Paraolímpico Internacional.
Em 2008, os Jogos Paraolímpicos ocorreram em Pequim (China), entre os dias: 6 (cerimônia de abertura) e 17 (cerimônia de encerramento) no mês de setembro. Houve a participação de mais de quatro mil atletas de diversos países, inclusive no Brasil.
No Brasil, a modalidade é organizada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro através da Coordenação de Atletismo, atualmente ocupada pelo Prof. Ciro Winkler.
História
Desde os Jogos de Roma, em 1960, o atletismo faz parte do programa paraolímpico oficial. Por ser normalmente disputado nos principais estádios dos Jogos Paraolímpicos, o esporte é um dos que mais atrai público. As primeiras medalhas do Brasil em Paraolimpíadas da modalidade vieram em 1984, tanto em Nova Iorque quanto em Stoke Mandeville, Inglaterra. Nos Estados Unidos foram conquistadas seis medalhas: uma de ouro, três de pratas e duas de bronze. Na cidade inglesa, o Brasil obteve cinco medalhas de ouro, nove de prata e uma de bronze. Em Seul (1988), mais três de ouro, oito de prata e quatro de bronze. Na Paraolimpíada de Barcelona, em 1992, os competidores trouxeram três medalhas de ouro e uma de bronze. Em Atlanta (1996), o Brasil obteve cinco medalhas de prata e seis de bronze. Em Sydney (2000) foram quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze. A campanha do atletismo brasileiro, no entanto, foi coroada a partir dos jogos de Atenas, em 2004: foram 16 medalhas no total, sendo cinco de ouro. Nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro (2007) o Brasil terminou em primeiro lugar geral, com com 25 medalhas de ouro, 27 de prata e 21 de bronze, totalizando 73 medalhas na modalidade.
Atletismo Moderno
Na definição moderna, o atletismo é um esporte com provas de pista (corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos, saltos, arremesso, lançamentos e provas combinadas, como o decatlo e heptatlo); corridas de rua (nas mais variadas distâncias, como a maratona e corridas de montanha); provas de cross country (corridas com obstáculos naturais ou artificiais); e marcha atlética. Considerado o esporte base, por testar todas as característica básicas do homem, o atletismo não se limita somente à resistência física, mas integra essa resistência à habilidade física. Comporta três tipos de provas, disputadas individualmente que são as corridas, os saltos e os lançamentos. Conforme as regras de cada jogo, as competições realizadas em equipes somam pontos que seus membros obtêm em cada uma das modalidades.
Arremessos e Lançamentos
Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso, lançamento de dardo, de marte e de disco. Em todas elas, vence o atleta que conseguir arremessar o objeto a uma distância maior.
Serginho: Você consegue diferenciar a emoção de ganhar uma medalha individual no arremesso de disco, que é sua prova primária, e a emoção de ver seus atletas recebendo medalhas no pódio?
Alex: Todo pódio pra mim é importante e emocionante, alem do mais é uma batalha, pois a regra permite seis lançamentos. Preciso estar concentrado pra acertar o lançamento. A técnica e a força são fundamentais neste momento.
Mas ver um aluno no pódio não tem preço! Acompanho a prova, e fico aguardando o resultado final para poder parabenizá-los. Eles precisam saber que: o treino e as gotas de suor não foram em vão, a superação é diária, o pódio é a consequência e a dedicação do trabalho realizado.
Serginho: Nos Jogos Regionais Adaptados de Sertãozinho, a equipe que você comanda tornou-se bi-campã geral. Sua equipe é sinônimo de medalha?
Alex: Minha equipe tem o espírito de: luta amizade e superação. Digo aos meus alunos: a medalha e consequência de um bom trabalho. No Atletismo o tempo é determinante. Todo atleta luta para superar sua marca. Nas provas de revezamento, o tempo individual conseguido é somado para obtenção do resultado final. Neste aspecto existe uma vertente: a marca individual e preponderante para o resultado final da equipe.
E por acreditar que a medalha na competição é “mérito”, eles competem com o objetivo de melhorar sua marca pessoal, e atingir os índices exigidos. Não importa o nível, e nem o adversário, o objetivo é: "evolução".
Ciclismo paraolímpico
Este desporto destina-se a atletas com paralisia cerebral, deficientes visuais e amputados, nas categorias feminina e masculina, individual ou por equipes, usando bicicletas e bicicletas adaptadas, que em vez de se pedalar com os pés, se pedalam com as mãos, (paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão). Atletas cegos competem em bicicletas duplas, com um guia. As regras são as mesmas do ciclismo convencional, mas com pequenas alterações, relativas à segurança. As provas dividem-se em: estrada, velódromo e contra-relógio.
Alex: Eu acredito muito na evolução do ser humano, por isso nunca esqueço o que fizeram por mim e quem o fez!
Cursei Educação Física, e sou Especialista em Educação Especial. Preciso por em pratica o que aprendi na faculdade e continuo aprendendo. Não priorizo quem devo ajudar, se vou ser bem ou mal remunerado, isso é segundo plano. O meu objetivo é fazer o bem.
Atleta Paraolímpica Sônia: treinando arremesso de peso.
Alex: Todo pódio pra mim é importante e emocionante, alem do mais é uma batalha, pois a regra permite seis lançamentos. Preciso estar concentrado pra acertar o lançamento. A técnica e a força são fundamentais neste momento.
Mas ver um aluno no pódio não tem preço! Acompanho a prova, e fico aguardando o resultado final para poder parabenizá-los. Eles precisam saber que: o treino e as gotas de suor não foram em vão, a superação é diária, o pódio é a consequência e a dedicação do trabalho realizado.
Serginho: Nos Jogos Regionais Adaptados de Sertãozinho, a equipe que você comanda tornou-se bi-campã geral. Sua equipe é sinônimo de medalha?
Alex: Minha equipe tem o espírito de: luta amizade e superação. Digo aos meus alunos: a medalha e consequência de um bom trabalho. No Atletismo o tempo é determinante. Todo atleta luta para superar sua marca. Nas provas de revezamento, o tempo individual conseguido é somado para obtenção do resultado final. Neste aspecto existe uma vertente: a marca individual e preponderante para o resultado final da equipe.
E por acreditar que a medalha na competição é “mérito”, eles competem com o objetivo de melhorar sua marca pessoal, e atingir os índices exigidos. Não importa o nível, e nem o adversário, o objetivo é: "evolução".
Ciclismo paraolímpico
Este desporto destina-se a atletas com paralisia cerebral, deficientes visuais e amputados, nas categorias feminina e masculina, individual ou por equipes, usando bicicletas e bicicletas adaptadas, que em vez de se pedalar com os pés, se pedalam com as mãos, (paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão). Atletas cegos competem em bicicletas duplas, com um guia. As regras são as mesmas do ciclismo convencional, mas com pequenas alterações, relativas à segurança. As provas dividem-se em: estrada, velódromo e contra-relógio.
O atleta paraolímpico Danilo faz provas de velocidade em cadeira de rodas (pista), estilo triciclo.
Compete nas categorias: 100, 200 e 400 metros.
Serginho: Você foi muito ajudado no transcorrer de sua carreira. O pagamento para essa ajuda está acontecendo em forma de treino para os para-atletas? Ou faz parte da evolução do homem?
Alex: Eu acredito muito na evolução do ser humano, por isso nunca esqueço o que fizeram por mim e quem o fez!
Cursei Educação Física, e sou Especialista em Educação Especial. Preciso por em pratica o que aprendi na faculdade e continuo aprendendo. Não priorizo quem devo ajudar, se vou ser bem ou mal remunerado, isso é segundo plano. O meu objetivo é fazer o bem.
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